Capítulo 13 - Toalha

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Primeira parte do capítulo 9 pra vocês! Boa leitura ❤️

Música mencionada no capítulo: Take me to Church - Hozier

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Depois de ter dado três aulas pra turma de Direito sozinha, vou até o campus da Universidade e me sento no mesmo banquinho de sempre.

Antes da aula hoje, fui avisada de que Jake não poderia comparecer á Universidade por motivos pessoais.

Motivos pessoais. Motivos pessoais. Motivos pessoais. Ah, como eu queria saber o que são exatamente esses motivos pessoais.

Mil motivos dançam na minha mente. A maioria me leva até Catarina vulgo loira nojentinha. Será que tem a ver com o fato dele ter ido embora apressado ontem? Será que aconteceu alguma coisa séria? Será que ele não veio porque não queria me ver hoje, pelo menos?

Encosto-me no banco e apenas espero chegar a hora de dar a próxima aula. O sol bate no meu rosto e penso até em sair dali, mas qual o problema de um solzinho? Bota a cara no sol, mana!

Meu celular vibra dentro da bolsa e logo vejo um número desconhecido no visor do meu celular. Atendo, um pouco nervosa. Costume...

- Alô?

- Natalie? - Prendo a respiração. É ele?

- Eu. - Respira, Natalie...

- Me desculpe por não ter ido hoje.

- Jake?

- O próprio. - Posso até sentir o sorriso na sua voz.

- Como conseguiu meu número?

- Não é muito difícil conseguir o número de uma pessoa hoje em dia, além disso, eu tenho meus contatos... - Reviro os olhos.

- Se você está dizendo, não é?

- É. Me desculpe por não ter ido hoje?

- Com uma condição.

- O quê?

- Me conte porquê você não veio. - Surpreendo-me com minha própria condição.

- Tive que resolver alguns...problemas...

- Sei.

- Se quiser pode vir me visitar, estou desocupado do momento.

- Quem sabe mais tarde... - Respondo, fingindo indiferença.

- Lhe esperarei. Vou te mandar um sms com o endereço.

- Tudo bem, até mais.

- Até. Estarei lhe esperando, Srta. King.

Desligo com um friozinho na barriga. Ir até a casa dele...toda essa frase grita perigo, mas eu não tenho culpa, sempre fui atraída pelo perigo.

Isso explica muito sobre minha vida.

&&&

Depois de dar mais duas aulas, Sheila me avisa que está tudo tranquilo com as crianças e ambas somos liberadas.

Ofereço uma carona para ela, já que de acordo com o endereço que Jake me passou, sua casa é no caminho.

No caminho, ela me conta um pouco sobre sua vida, e isso me ajuda a distrair-me.

Sheila Northwest. 21 anos. Estagiária na faculdade de Nova York e estudante de Psicologia.

Sabe aquela mania de ser cupida? Minha cara! Enquanto ela falava, ficava pensando em como ela faria um belo casal com Ben.

Depois que ela desce do meu carro e agradece pela carona, só aí percebo para onde estou indo.

Ligo o som do meu carro e começo a cantar Take Me To Church do Hozier.

Take me to church / Me leve à igreja

I'll worship like a dog at the shrine of your lies / Louvarei como um cão no santuário de suas mentiras

I'll tell you my sins / Vou lhe confessar meus pecados

So you can sharpen your knife / Assim você pode afiar sua faca

Offer me that deathless death / E me oferecer essa morte imortal

Good God, let me give you my life / Bom Deus, me deixe te dar minha vida

Olho para trás, por costume, e vejo os mesmos carros de costume me escoltando.

Chego em frente a um terreno gigante. Passo por uma portaria onde me perguntaram quem eu sou. Quase vacilo na hora de dizer meu sobrenome. Liberam a minha entrada e me surpreendo mais ainda quando adentro na sua casa. E nem sei porquê surpreendo-me. O cara é tão rico quanto eu.

Estaciono o meu carro ao lado do seu em um imenso jardim lindo. Vou até o hall de entrada e toco a campainha.

Logo, uma senhora, já com alguns cabelos brancos e um sorriso gentil abre a porta. Suas roupas me fazem ter certeza de que ela não é a sua mãe.

- Natalie King?

- Prazer. - Estendo a mão e sorrio para ela.

- Pode entrar, o senhor Ross está no escritório.

- Obrigada. - Passo por ela e logo escuto o som da porta sendo fechada.

A senhora me indica o caminho e eu subo as escadas. Me deparo com várias portas no extenso corredor. Socorro! Momento barata tonta.

Faço unidunitê e abro a porta escolhida. Lá dentro, as paredes são em tons de azul escuto, quase preto. É o seu quarto, porém ele não está lá. Me sinto um pouquinho mal por fazer isso, mas entro no quarto dele pra xeretar um pouco.

A cama de casal grande se posiciona no centro do quarto de frente para a televisão gigante. Ao lado, um mural no estilo rústico gigante, repleto de fotos. Algumas com uma mulher de cabelos claros, com o seu mesmo sorriso, que afirmo ser sua mãe. Outras com a mesma mulher e um homem, obviamente mais velho, mais em forma. Seu pai, provavelmente. As outras ele está sozinho, e em outras com...ela. Passo a mão na foto e fecho os olhos.

Mas logo em seguida dou um salto de surpresa quando escuto alguma porta ser aberta. E não foi a porta do seu quarto. Quando olho para trás, vejo Jake saindo do banheiro do quarto que eu não percebi.

Olho para baixo e vejo que ele está só de toalha, e posso até ver algo bem volumoso lá embaixo. Eita! Os músculos dos seus braços bem expostos e a barriga cheia de gominhos não me deixam parar de olhá-lo.

Cubro os olhos com as mãos, constrangida.

- Me desculpe, estava atrás do escritório. - Digo sem vê-lo, mas logo sinto suas mãos tirarem as minhas do rosto e ele está bem próximo a mim, o rosto a centímetros do meu, a sua toalha encostando no meu jeans.

Encaro seus olhos negros.

- Não tem problema. Espera só eu me trocar?

- Claro. - Respondo tão baixo que até duvido que ele tenha ouvido.

Saio do seu quarto e espero no corredor. Não consigo evitar uma risada.

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Que encontro desses dois, ein? Kkkkkkkk Comentem e não esqueçam da estrelinha ;)

Nova Identidade (em revisão)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora