Capítulo 17 - Lágrimas

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Música do capítulo: Take Me To Church - Hozier

Boa leitura ♥


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- Você ainda quer almoçar? Podemos almoçar na minha casa. -Ele pergunta depois de entrarmos no carro.

E não consigo deixar de perceber o fogo nos seus olhos, o desejo ainda não completamente saciado.

Elevadores e seus poderes e que poderes, ein? Meu Deus! Nunca me descontrolei tanto quanto naquele momento. Não conseguia pensar em mais nada além acabar com aquele desejo que estava me consumindo.

E eu ainda sentia uma tensão sexual pairando no ar. Nós sabíamos que não poderíamos passar o dia todo naquele elevador e eu ainda queria mais, muito mais, mas agora que estou quase no meu juízo normal, posso pensar, pelo menos até ele me beijar.

- Ir para sua casa? - Pergunto.

- Se você soubesse minha situação... - Ele abriu um sorriso safado e olhou para baixo.

Logo percebi seu membro lá, bem em destaque. Suspiro e mordo meu lábio, tentando me controlar.

- Sua casa, então. - Sorrio.

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Olho para o lado e vejo Jake dormindo ao meu lado. Sorrio toda boba observando seu rosto calmo e sereno ao dormir. Busco meu celular em cima da cômoda ao lado da cama e vejo que já são quase cinco horas da tarde.

Uh, como dormimos. Mas também , depois de tudo...Parece que aquele meu plano de pensar não deu muito certo. Rio baixinho enquanto levanto-me da sua cama com cuidado para não acordá-lo.

Procuro minhas roupas espalhadas pelo chão e vou para o banheiro. Depois de um banho, resolvo que não vou usar minhas roupas, então visto só minha calcinha e uma camiseta de Jake que encontro no closet. Quando saio do banho, Jake continua dormindo, então pego meu celular e saio do quarto.

A casa parece vazia. Imagino como deve ser desagradável morar sozinho numa casa gigante como essa. Ou não, né? Com tanta coisa para se fazer. Mas sei lá, nunca gostei da ideia da solidão. Sempre gostei de ter muitos amigos, conhecer muita gente, ter sempre alguém para contar...

Vou até a varanda e a vista para o jardim da casa me encanta. Um lugar perfeito para um piquenique. Sempre gostei de coisas ao ar livre: praças, jardins etc. Coisas simples me encantam.

Disco o número da minha mãe e respiro fundo depois de ouvir sua voz. Como eu sinto falta dela.

- Querida! Como é bom te ouvir, como está?

- Estou bem, mãe. - Sorrio e lembro que ela não sabe de Jake e nem nada. Gostaria tanto de poder conta-la de tudo que está acontecendo. Queria ser eu mesma pra entrar em um relacionamento de verdade. - Muito bem. -Complemento.

- Humm...você está diferente! - Ela diz com um certo humor na voz.

Arregalo os olhos. Qual é a desse poder das mães de adivinharem o que seus filhos estão pensando ou sentindo?

- Ah, mãe, a senhora sabe...estou longe de tudo o que aconteceu, mesmo sendo outra pessoa, estou melhor aqui... - Enrolo-me com as palavras.

- Isso também, mas sei que não é só isso. Desembucha, filha. Você pode estar aí, sendo outra pessoa, mas eu ainda lhe conheço e sou sua mãe.

Nova Identidade (em revisão)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin