Jade me abraça tentando me acalmar. Fico agarrada nela por um tempo, até conseguir me acalmar. Quando ela se afasta, meu pai está do meu lado com um copo de água na mão.

- Toma um pouco de água, Lagoa Azul. Isso vai te acalmar, querida. - Ele está me olhando preocupado. Tomo a água e sinto que vou me acalmando aos poucos.

- Onde ela está, papai? Diz que você já a tirou de lá... - Choro nos braços dele, enquanto ele acaricia o meu cabelo.

- Bob já a tirou do seu banheiro, baby, ela era inofensiva. - Fala o meu pai. Eu nem mesmo reparei que Bob tinha entrado no meu quarto e retirado aquele bicho asqueroso. Respiro um pouco aliviada. Inofensiva ou não, eu ainda morria de medo delas.

- Lagoa Azul... Que historia é essa de bebê? Do que Jade está falando e porque diabos sinto que vocês estão me escondendo alguma coisa? - Olho para meu pai, apreensiva, e depois para Jade, acusadora, por ela ter a boca grande.

- Ei, eu me preocupei, ok?! Você ficou histérica, Camy, e eu também, poxa. - Suspiro e olho pra meu pai novamente, me preparando para soltar a bomba.

- Eu estou grávida, papai. - Ele fica mudo me olhando, me deixando mais nervosa agora, o que me deixa tendo o pensamento de que meu medo da cobra foi fichinha perto do que sinto agora. Mas do nada aparece um sorriso em seus lábios e seus olhos brilhantes.

- Eu vou ser vovô? - Ele pergunta realmente animado, me fazendo rir e esquecer todo o nervoso que estava sentindo e todos os pensamentos aterrorizantes de uma cobra no meu banheiro.

- Sim, o senhor vai ser vovô, meu velho. - Ele ri feliz, nem se importando com a minha provocação.

- E você já contou ao pai? - Seu rosto fica sério com preocupação agora. Olho para Jade e depois para ele.

- Não. E no momento quero deixar assim. Eu me machuquei, papai, só quero deixar isso passar um pouco. Eu vou contar a ele eventualmente, só não agora. - Ele suspira, mas concorda com a cabeça.

- Ok, tudo bem... Eu conheço você e sei que vai fazer o certo. Mas já aviso, querida, hoje você não vai à corrida. Eu estou preocupado e me perguntado como uma cobra entrou no seu banheiro, sendo que estamos em uma porra de casa com três andares. - Suspiro e sei que ele tem razão.

- Tudo bem. Eu também acho isso muito estranho, papai, e também não estou mais no clima para ir à corrida. Só quero ficar em casa, na companhia de vocês dois. - Meu pai sorri.

- Isso pode ser arranjado, baby. Que tal filme, pipoca e sorvete?

- Perfeito! Mas tem que ter bastante calda de chocolate e não pode faltar Snnickes. - Falo sorrindo.

- Tudo para as minhas garotas. - Ele fala, já saindo do meu quarto para preparar tudo. Olho para Jade que agora sorri e me abraça e ficamos assim até que meu pai retorna com tudo pronto para passarmos uma sexta feira incrível.

BRYAN

Quando chego à corrida, olho para todos os lados e não a vejo. Começo a ficar impaciente e resolvo ligar para Carlos.

- Ela não saiu de casa, Bryan. Achei estranho, já que tinha combinado. Mas ela está com o pai e a amiga. - Carlos avisa, com a voz parecendo estranha. Mas deixo isso de lado, depois falo com ele sobre isso. Camila está em casa com seu pai e a amiga, com certeza está segura e aproveitando a sua sexta-feira.

- Ok, Carlos. Obrigado. - Tento esconder a minha decepção, mas acredito que ele tenha percebido, porque logo se despede e desliga.

Olho de novo para a multidão ao redor e me lembro da primeira vez que a vi... Ela estava tão sexy naquela roupa de couro, em cima daquela moto e quando acelerou no começo da corrida, deixando todos os outros para trás, me fez ficar louco de vontade de para-la e manda-la sair daquela máquina perigosa e leva-la para a proteção dos meus braços. Só o pensamento de vê-la ferida me deixa apavorado.

Mentira ExplosivaWhere stories live. Discover now