Capítulo 4*

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Olá babys 

Um pequeno aviso.... Amanhã como é sábado eu não vou prometer que vou postar. Eu vou ter que ir em uma festa, mas se eu não chegar tarde eu posto. 

Esse capitulo é dedicado a minha grande e linda amiga Vivianne Cabral. Um grande beijo minha flor.

<3

bjux

CAMILA

Entro pela porta e a primeira coisa que percebo é que não entro sozinha. Bryan entra com Alejandro e mais um segurança careca com uma carranca em seu rosto e eles se posicionam perto da porta, parece que tem medo que eu saia correndo a qualquer momento. Não que eu não tenha pensado nisso, penso comigo mesma. Olho para frente e dou de cara com os olhos pretos de Gabriel Barker me encarando, pálido. Ele me observa como se tivesse medo de piscar e eu sumir. Respiro fundo para o que está prestes a acontecer, porque sei que boa coisa não é. Esses anos todos, por que agora ele quer me ver? Por que só agora está interessado em falar comigo?

– Oi, Camila. Espero que tenha feito uma viajem confortável. Sei que é uma viajem curta de onde mora até Seattle. — Ele diz com uma voz suave. Parece inseguro e com medo que eu fuja ou que tenha medo dele. Mas eu não tenho, aprendi a odiar esse homem desde o momento em que soube quem ele era de verdade e o que fez com minha mãe.

– Bom, eu não pude curtir muito a viajem, já que fui drogada pelos seus brutamontes. — digo com sarcasmo.

Vejo-o engolir em seco. Sim, ele está muito nervoso, penso comigo.

– Eu sinto muito por isso, não queria que fosse assim...

– É claro que não... Bom, eu estou aqui de qualquer forma, então me diga logo o que você quer para eu ir embora.

– Você não gostaria de se sentar, para conversarmos?

– Olha, senhor Barker, eu não sei o que te fez ir atrás de mim e nem acho que tenhamos algo a falar para que eu tenha que me sentar.

Sério, eu mereço receber um prêmio por atuação, por me mostrar tão calma, porque por dentro eu estou um turbilhão de emoções: raiva e mágoa que sinto por ele ter abandonado minha mãe e não me querer. Não tem como negar, dói e muito.

– Camila, o que eu tenho para dizer é difícil e muito confuso. Na verdade, eu nem sei por onde começar a te explicar toda a história. — Ele engole saliva e solta uma respiração rasa quando começa a falar: — Quando eu era criança, conheci a sua mãe... Ela era a filha da empregada da casa, sua avó, no caso... Quando minha mãe nos apresentou, eu realmente me encantei por ela. Ela tinha os olhos azuis mais incríveis que já tinha visto, era como uma... Luz em um dia nublado, com aqueles olhos... Droga, você não deve estar entendendo nada do que eu estou dizendo aqui... Vou tentar ser mais claro... Eu e sua mãe crescemos juntos, éramos inseparáveis, junto com meu melhor amigo, Teodoro, que também vivia aqui com o seu tio. Eu e Célia acabamos nos apaixonando quando eu tinha dez anos, a pedi em namoro e, a partir daí, começamos a namorar e fazer planos para quando crescêssemos...

Ele toma uma golfada de ar e a única coisa que eu consigo fazer é ficar aqui parada, tensa no meu lugar, ouvindo-o contar como ele conhecera minha mãe e como a destruiu. Ele continua a falar.

– Quando a sua avó morreu, Célia se tornou a empregada da casa e com isso vieram as responsabilidades. Eu estava focado nos estudos para entrar na universidade, então tínhamos pouco tempo para nos encontrar, mas sempre que dava nos víamos na nossa casa da árvore... Até meu pai me proibir de vê-la... Ele disse que, com a morte de Tereza, Célia teria que tomar conta da organização da casa e eu tinha que me focar nos meus estudos para me tornar um bom advogado. Naquela noite, percebi que meu pai me afastaria de Célia e com isso eu tive a ideia de namorarmos escondido. Sua mãe ficou com medo de ser demitida e de ser expulsa da casa. Ela não tinha para onde ir, então o emprego e a nossa casa eram um lugar de segurança para ela... Mas, eu prometi que não a deixaria e que não deixaria ninguém a mandar embora.

Mentira ExplosivaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora