capitulo 38*

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Boa Leitura

8-)

CAMILA

Estava tão animada... Eu iria numa corrida hoje e poderia andar na minha baby, estava feliz, precisava disso. Lembro-me do Bryan, e meu peito aperta... Como eu sentia sua falta. Deus, que saudades de todos, e do Jacob nem se fala. Eu queria muito ver o pirralho, espero que ele esteja na apresentação de Kate amanhã, queria apertar muito o meu duende e aposto que ele deve estar irritado porque ainda não o ensinei a nadar. Mas Kate disse pelo telefone que Gabriel e Erika o inscreveram em uma escola de natação, o que para ele será ótimo. Estava no meu quarto me arrumando quando entra uma Jade bem animada e meio ofegante.

- Ei, arruma essa cara ai! Já acabou o tempo de ficar triste. - Ela fala sorrindo e se sentando na minha frente na cama. Depois me passa um pacote.

- Um presente? - Eu pergunto olhando o pacote que parece ser de uma loja de bebês. Deus, só a Jade para me dar um presente sem nem mesmo saber o sexo do bebê. Ela me olha com expectativa, o que me deixa com medo de abrir pra saber o que é. Abro o pacote e meus olhos se enchem de lágrimas quando vejo o que tem dentro.

- É lindo... Oh, meu Deus, eu nunca vi nada tão fofo na minha vida. Quer dizer, o Jacob quando faz biquinho é muito fofinho também, mas isso é tão perfeito. - Falo com a voz embargada. Estendo na cama um macacãozinho minúsculo, com os dizeres na frente "sou da mamãe". Ele era neutro, da cor amarela, podia usar tanto em menina quanto em menino.

- Eu sabia que iria gostar. - Ela fala animada e emocionada. Olho para ela e sorrio. Jade me abraça. Eu amo essa minha amiga.

- Ok, deu desse clima. Odeio essa coisa sentimental! Argh... Vá se arrumar que está quase na hora de irmos. - Rio dela e pulo da cama, indo para o banheiro tomar um banho para depois irmos para a corrida.

Mas, quando abro a porta do banheiro, paraliso. Oh, meu Deus! Oh, meu Deus! Começo a sentir o pânico subir pelo meu corpo, minhas mãos ficam úmidas de suor e minha visão fica turva. Quando eu vejo aquele... Aquela coisa rastejando em minha direção, eu me apavoro. Odeio cobras, desde criança quando quase fui picada por uma na fazenda do Bob. Se não fosse o cachorro da fazenda, que estava me fazendo companhia no momento, e papai, que veio correndo matar a cobra, sabe se lá o que poderia ter acontecido comigo. Mas o que me apavora mais é não saber como diabos uma cobra foi parar no meu banheiro. Quando me sinto voltar a mim, consigo gritar de puro de terror e logo sinto as mãos da Jade em mim.

- Camila? Que Caralho! Fecha essa porta. - Ela me puxa para fora do banheiro e fecha a porta. Grito o meu pai, o que nem precisou, já que ele estava na porta do meu quarto com um olhar assustado, olhando para todos os lados.

- O que aconteceu? Por que você gritou, Lagoa Azul? - Eu ainda estou paralisada. Sinto meus joelhos cederem, mas antes que eu caia meu pai me pega e me leva pra cama.

- Cobra... - Consigo balbuciar enquanto lágrimas escorrem pelo meu rosto. Ele olha para Jade, tentando entender o que eu queria dizer.

- Tem uma cobra no banheiro dela, Tio Teo. - Jade está assustada e olha do banheiro para mim e, de vez em quando, para a minha barriga.

- Como diabos tem uma cobra no banheiro dela?! - Jade está me olhando preocupada, ela sabe que tenho pânico de cobras.

- Camy... Olha pra mim... Você está bem? O bebê, amiga, você levou um susto danado e isso não é bom no início de uma gestação. - Levo minha mão protetoramente à minha barriga.

- Bebê? - Escuto de longe meu pai rugindo. - Mas que diabos vocês duas estão falando?! - Ele continua a perguntar, nos olhando, mas quase não escuto. A adrenalina de ver a cobra deve ter passado, porque soluços escapam dos meus lábios agora.

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