Four

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| Duas Semanas Depois |

POV's Gabriella

Era um domingo e neste dia da semana, geralmente tinha almoço em família, mas hoje seria um almoço entre familiares especial, pois era aniversário do meu pai, então todos os meus parentes vieram de Holmes Chapel para Londres. É tão bom ver todos aqui juntos e unidos em uma confraternização.

Estávamos muito animados. Eu e minha mãe havíamos feito o bolo – é claro – e o almoço com uma quantidade maior que o normal. Eu e Brooke havíamos acordado bem cedo para vir para a casa dos meus pais e ajudar com todos os preparativos para receber nossos parentes.

– Estou tão animada para que todos venham para o aniversário do papai. – dizia enquanto me encarregava de cortar os tomates saudáveis.

– Também estou, querida. – sorriu, mostrando-me suas ruguinhas – só espero que Cíntia não apronte nada, porque ontem ela veio conversar sério comigo. – secou suas mãos delicadas no pano de prato bordado por ela mesma. Ela sempre o fazia quando tinha tempo.

– Sobre o que, mãe? – coloquei os tomates na tigela de vidro, entregando meu olhar à ela e com toda certeza, cheia de curiosidade.

– Disse que estava "namorando", e queria apresentar ele para todos nós. Como a família estará toda aqui, ela aproveitou a oportunidade. Eu gosto assim. – se sentou na cadeira de madeira rústica e muito bem polida com um verniz.

– Ah! Isso é muito bom, ao menos, ela para de aprontar um pouco, não é?! – ambas rimos das desavenças que Cíntia provoca ao delongo de suas baladinhas ou festas com amigos.

– Tomara, minha filha, tomara. – juntou suas mãos, e as balançou, olhando para cima como se estivesse fazendo preces ao Cara lá de cima, me fazendo soltar um riso nasalado.

Continuei fazendo o que me ocupava, enquanto minha mãe fazia uma sobremesa típica de nossa família. Em toda confraternização tem de haver, ou não seria os Bennett's. Ouvi uma risadinha invadir meu sentido auditivo e logo depois de alguns poucos segundos, vi minha pequena no colo no vovô aniversariante.

– Olha só quem está aqui. – os olhei, sorrindo como uma mãe boba que sou. Brooke me faz sentir o melhor sentimento de amor. Ela é o meu único amor.

– Ela tinha acabado de acordar e começou a dar aqueles gritinhos, não é mesmo, anjinho? - disse meu pai olhando Brooke que confirmou com a cabecinha enquanto coçava os olhinhos ainda sonolenta.

Brooke riu com a mãozinha na frente do seu rostinho amassado pelo lençol da cama de minha mãe, fazendo-me rir junto de meus pais.

– Diz parabéns ao vovô, filha. – me aproximei de Brooke, dizendo em um sussurro ao beijar sua mãozinha tão pequenina e delicada.

Brooke apenas largou minha mão e bateu palminhas, o que fez meu pai sorrir. Brooke só sabia dizer "bó" que seria "vó", não fiquei chateada com isso, pois a maioria do tempo ela ficava com a minha mãe e era provável que a minha mãe pedia para ela dizer tal palavra. Minha mãe ganhou a aposta. Humpf.

– E a Cíntia? Onde está? – se curvou para ver se ela estava na sala, mas logo minha mãe tomou a frente para dizer onde ela havia se metido.

– Disse que foi buscar o "namorado" para almoçar conosco e nos apresentá-lo. – levantou-se da cadeira, caminhando em passos calmos até meu pai.

– Um momento. Era sério? Pensei que fosse brincadeira. – disse meu pai surpreso, o que me fez gargalhar.

Não tiro a razão dele, Cíntia quase nunca namorou, sempre foi de festinha, mas não lhes dava trabalho como hoje em dia. Talvez seja ciúmes da Brooke que tirou toda a atenção dela já que ela era a caçula.

– É, é verdade, querido. – riu nasalado – vem cá com a vovó, amor. Eu não ganhei um beijinho hoje. – pegou Brooke do colo do meu pai, fazendo beicinho, mas logo um sorriso tomou conta de seus lábios enrugados ao receber um beijo babado da minha menina.

Ouvimos a campainha e sorrimos um para o outro. Eles chegaram e parecem bem animados porque tocaram a campainha várias vezes. Meu pai foi o mais depressa possível atender a porta antes que eles acabassem por quebrar a mesma. Passado alguns segundos, ouvi vozes juntas, desejando feliz aniversário para meu pai. Eram tias, tios, primos, primas, enfim, a família toda veio, o que era contagiante.

Minha mãe e eu, fomos até a sala-de-estar. Peguei Brooke dos braços da avó, colocando-a no meio de minhas pernas, dando-lhe uma boneca de pano para brincar. Logo que eles nos viram, foi uma bagunça, e ficaram discutindo para quem pegaria Brooke de primeira.

– Acalmem-se, pessoal, fiquem calmos. Vão assustar ela desse jeito. – os encarei e logo todos se calaram, olhando minha filha que abraçou minha cintura com dificuldade por ser pequena demais.

– Ela cresceu tanto, vi ela quando nasceu e olha o tamanho dessa menininha. - minha tia Darcy disse pegando Brooke, vamos dizer que ela é a tia mais babada de todas. Quase nunca vem nos ver por conta de suas viagens internacionais de moda, mas sempre que possível ela vem.

Sorte minha que Brooke era bem calma. Estavam todos babando na minha bebê, e logo, ao menos que fosse por poucos milésimos, pensei em Harry. Se ele estivesse aqui, poderia dividir toda essa alegria que sinto com ele. Ele escolheu a forma mais difícil de todas.

– Está tudo bem, filha? – minha mãe colocou sua mão suave sobre meu ombro, apertando-o minimamente para me relaxar.

– Ahn...sim, está sim. – sorri pra ela, disfarçando e jogando pro alto meus pensamentos ridículos.

Minha mãe, algumas das minhas tias e eu, fomos pra cozinha terminar o almoço que rendeu fofocas e muitas gargalhadas espalhadas e deixadas pelos quatro cantos da cozinha rústica, mas sofisticada da casa.

(...)

Estávamos colocando a mesa na varanda que havia no andar de cima. Era uma sacada que meu pai transformou em uma varanda bem aconchegante. Todos estavam se organizando para se assentar na mesa grande de madeira, mas toda a nossa atenção vai para minha irmã que chega chamando a atenção de todos e é claro que todos à olharam a pedido dela.

– Bom, apesar de ser um dia muito especial, que é aniversário do meu pai, qual eu quero parabeniza-lo com palmas. – todos batem palmas ao meu pai, com um sorriso deslumbrante – parabéns, papai. Te amamos muito, intensamente. – beijou as duas mãos, mandando-lhe o beijo. Ver meu pai sorrir assim é glorioso – e com isso, quero apresentar a toda a família meu, digamos assim, namorado. – olhou pra porta e fez sinal com que o tal garoto entrasse na varanda – apresento-lhes, Harry. – sorriu, o abraçando de lado, deixando sua mão sobre seu peito enquanto o rapaz abraçava sua cintura fina.

Logo que ele entrou na varanda, eu e minha mãe trocamos olhares e os meus olhos já estavam completamente marejados, eu não podia acredita.

Era Harry, o meu Harry.

-x-

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My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang