One

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POV's Gabriella

Acordei após ouvir o choro da minha bebê sendo executado pela babá eletrônica. Olho no relógio que fica estendido pelo criado-mudo de MDF branco. O mesmo já marcara 7h00 da manhã.

– Obrigada por acordar a mamãe bem na hora, meu amor. – disse à mim mesma, sorrindo sonolenta e ainda cansada pela noite mal dormida.

Me levantei, indo para o quarto da minha bebê. Uma vez que chego perto de seu berço, ela continua chorando com os olhinhos fechados. Acaricio seus fios de cabelo fino e ela abre os olhos, me dando a imagem de seus olhos verdes, mas vermelhos pelo sal de suas lágrimas e não êxito em sorrir. Sem dúvidas, esse é o melhor jeito de acordar: com o rostinho angelical da minha filha.

– Vem cá, meu amor. Teve um sonho ruim? – digo tomando-a em colo.

Logo que ela já se encontra em meus braços, ela deita sua cabeça em meu ombro e seu choro não é mais ouvido, apenas pequenos resmungos enquanto ela chupa seus dois dedinhos.

– Alguém acordou manhosa hoje. – sorrio com a minha fala. Ela é minha única companhia e para o avanço dela, costumava falar bastante com a mesma.

Ela resmunga mexendo suas perninhas e já percebo que hoje ela não está em um dos seus melhores dias. Por vezes culpo minha mãe por mima-lá tanto assim.

Depois de ter arrumado Brooke, é minha vez de me arrumar. Levo minha menina para o meu quarto e à coloco na cama com algumas almofadas em sua volta para que não corra o risco dela cair no chão, mesmo sendo coberto pelo carpete.

– Mamãe já volta, meu amor. Fiquei quietinha aqui. – depositei um beijo em sua testa e ela logo me deu um sorriso, mostrando suas covinhas fundas.

Me arrumo em poucos minutos, para não ter que deixar minha menina sozinha por tanto tempo e logo sai do banheiro que se localizava em meu quarto, vendo minha pequena brincando com seus pezinhos cobertos por meias.

Como a casa da minha mãe e do meu pai ficava no andar de cima da confeitaria, minha mãe ficava com Brooke enquanto eu trabalhava, e quando a mesma deixava minha mãe trabalhar, minha mãe o fazia. Algumas vezes minha mãe descia com Brooke para ficar com a gente quando tinha pouco movimento na loja. Quando alguns clientes chegavam, Brooke era o centro das atenções e todos queriam pegá-la. Mesmo tendo um pouco de ciúmes da minha menina, deixava segurá-la por alguns minutinhos. Brooke não era muito dada, teria que se fazer um esforço para tirar-lhe um pequeno sorriso que fosse.

Já com as minhas coisas e da minha bebê arrumadas, pego o elevador após trancar o apartamento e vou até o estacionamento do prédio. Coloco Brooke em sua cadeirinha e prendo-a com o cinto de segurança. Tomo meu lugar ao carro e faço o caminho à confeitaria tão conhecido.

(...)

O caminho é curto, por isso chegamos em poucos minutos. Por sorte o trânsito não estava tão movimentado nesta manhã, podendo assim, chegar alguns minutos mais cedo na loja.

Pego Brooke e nossas coisas, indo para dentro da confeitaria rápido para minha bebê não ter que passar frio. Logo que entro, o frio se vai, deixando o calor do estabelecimento nos acolher. Assim que me organizo, vejo minha mãe e meu pai conversando com um olhar não muito convidativo.

– Bom dia, mãe. Bom dia, pai. – digo colocando minha bolsa e a de Brooke no balcão de mármore.

– Bom dia, querida. – disse docemente minha mãe – bom dia, princesinha. – minha mãe pega a mãozinha de Brooke e ela sorri fraquinho - hum, alguém está emburrada hoje. – ela diz me olhando, soltando um riso nasalado.

– Pois é, acordou manhosa hoje. – olhei Brooke sorrindo e à vejo se deitar em meu peito e se aconchegar no mesmo, me fazendo afagar-lhe as costinhas.

– Bom dia, minhas pequenininhas. – meu pai diz nos abraçando com um pouco de cuidado pela Brooke em nosso meio.

– Então...está tudo bem? Entrei e vi vocês conversando com uma carinha que eu não gostei. – brinquei tentando tirar o clima tenso.

– Adivinha?! – fez uma breve pausa – sua irmã, de novo. – suspirou minha mãe.

Ela está cansada com as coisas que Cíntia – minha irmã – vem aprontando. Ela não costumava ser assim e estávamos de dedos cruzados para que fosse apenas uma fase.

– Ah... e o que ela fez desta vez? – ri em deboche. Ela nunca vai parar?

– Disse para nós que ia dormir na casa da Jane e na verdade foi para uma de suas festinhas e voltou completamente bêbada. Ninguém aqui em casa foi deste jeito. Com quem ela vem aprendendo isso? – meu pai disse com uma voz falha. Eu imagino o que dele deve estar sentindo, aliás, também tenho uma filha.

– Ela apronta e depois vem reclamando por vocês não confiar nela?! Eu não sei de que maneira posso aconselhá-la já que ela nem quer olhar na minha cara. – suspirei pesadamente junto de minha mãe. Eles estão preocupados com a saúde dela, e eu, como irmã, também estou.

– Eu também não sei o que possamos fazer, minha filha. – minha mãe disse olhando meu pai com um olhar cabisbaixo.

– Pelo menos, não sou eu quem engravidou sem ao menos se casar. – escutei a voz vindo da porta da cozinha, fazendo com que eu ficasse com os nervos a flor da pele logo pela manhã.

Como ela pode?

-x-

Hey, lovers!
Até que enfim postei, né meninas?!
Peço desculpas, nessas férias estava ocupada, mas juro que vou postar mais e já estou trabalhando no 3° capítulo.

Gostaram? Comentem, votem.

All The Love, B. ❤️

My Little Girl • H.S. (Concluída) - EM CORREÇÃO -Where stories live. Discover now