Capítulo 7 - Zachary

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Uma garota ser gostosa não é garantia de que seja boa de cama. A vida me ensinou isso e a experiência também. Algumas mulheres simplesmente não sabem o que fazer, como se mexer e, principalmente, elas não têm atitude. Outras simplesmente parecem que não estão lá e é como se você estivesse com uma boneca inflável, incapaz de demonstrar emoções.

Felizmente não é o caso da garota que tive diante de mim. Tenho certeza de que ela é tudo o que um homem procura: além de sexy e bonita, é safada e muito quente nos momentos certos. Posso garantir, sem o receio de parecer um canalha que, até agora, esta foi a melhor transa da minha vida.

Prova de que não sou o cafajeste que pensam, vou poupá-los dos detalhes. Esses, eu guardarei só para mim. Mas posso dizer que ela é intensa, sem frescuras, insaciável e deliciosamente louca na cama. Ainda estou sem acreditar em tudo o que ela me levou a sentir em algumas horas. Na realidade, até hoje nunca uma mulher havia feito com que eu me recuperasse tão rápido e tantas vezes, só para iniciar tudo novamente. Jamais vou conseguir esquecer aquela boca e tudo o que ela é capaz de fazer.

Seus gemidos me deixaram completamente louco. Algumas mulheres acham que estão em algum show de rock e começam a gritar como alucinadas, há quem goste, não é o meu caso. Adorei ouvi-la gemer baixinho, mostrando que estava gostando, ao mesmo tempo, sem querer chamar muito a minha atenção para isso. Talvez soe um pouco gay, mas achei bonitinho, sim no diminutivo, o jeito como ela demonstrou as emoções que a fiz sentir, cada uma delas. Posso afirmar, sem nenhuma dúvida, que ela não fingiu nenhum dos orgasmos que lhe proporcionei.

Por outro lado, e essa é a parte que fez acender um alerta vermelho dentro de mim, ela fez com que eu me comportasse de modo diferente. Eu quebrei algumas regras que imaginava sólidas. Sem perceber, estávamos tomando banhos juntos, num nível tão novo, quanto perigoso, de intimidade que eu não tinha permitido até hoje. Tudo isso porque não consegui manter minhas mãos longe dela. Não é preciso dizer que tive de refazer o curativo, quando estávamos exaustos e, antes de dormirmos. Em algum momento, durante o sono, acabamos nos abraçando – não foi algo forçado, apenas aconteceu, afinal estávamos exaustos, logo, era natural que dormíssemos; só não esperava dividir o sono com alguém e isso não me incomodar. Aquele corpo moldou-se ao meu de tal maneira que adormecemos como se fôssemos namorados ou amantes há muito tempo.

Perdi um pouco a noção de quanto tempo passamos juntos, desde a hora que entramos no quarto até o momento em que adormecemos. Quando finalmente acordei, com uma invejável ereção, senti falta do calor de seu corpo junto ao meu. Estendi o meu braço para trazê-la junto a mim novamente, com a intenção de retomarmos de onde havíamos parado, só então, quando tateei o colchão no lado onde estava deitada, percebi que ela não estava ao meu lado na cama.

Abri os olhos e, sem me preocupar em apanhar uma roupa, levantei. Tive que acender a luz para me dar conta do que eu já sabia, ela simplesmente se fora. Não devia ter me incomodado tanto com isso, eu mesmo já tinha feito várias vezes esse tipo de retirada estratégica. Sem querer admitir, incomodei-me. Foi um golpe para o meu ego. Não havia necessidade de sair como se tivesse se arrependido amargamente de todos os momentos que passou ao meu lado.

Não posso dizer que voltei para a estaca zero. Pelo menos, não depois de tudo o que passamos naquele quarto; porém, enquanto estivemos juntos, não perdemos tempo para saber o nome um do outro, tínhamos outras prioridades que não essa, contudo só me restava a certeza de que desconhecer essa informação dificultará muito se eu quiser encontrá-la novamente.

Não devo estar pensando com a cabeça certa, afinal, por que estou pensando em encontrá-la novamente? Porque foi muito bom. Esta é a resposta óbvia. Não importa, o problema é que não sei como vou encontrá-la. Ela sabe o meu endereço, mas se existe algo que eu posso dizer, sem medo de errar, é que ela não parece ser do tipo que volta sem ser convidada.

Estou em pé junto à porta, quando escuto batidas nela. Chego a me animar, pensando que ela se esqueceu de algo e voltou para apanhar. Quando abro a porta, dou de cara com o Chris, que imediatamente desvia o rosto:

Por favor, cara, se vista! – pede-me parado na porta e eu, de mau humor, busco um calção e o coloco – Você sabe que horas são? E se eu estivesse com a Maya? Ela a veria desse jeito... – refere-se à ereção que não tive tempo e nem quis esconder e quando tem certeza de que estou vestido, volta-se para mim e diz malicioso – Pensei que estivesse aborrecido demais para traçar uma das suas amiguinhas aqui. Vejo que me enganei.

Diga de uma vez o que quer – pedi, sem paciência.

Para estar tão nervoso, é que não foi tão bom assim – provocou-me novamente e eu o ignorei, meu mau humor não tem nada a ver com ter sido ruim e sim com o fato de ter sido muito bom e eu não ter nenhuma previsão de que vá se repetir.

Se não disser, vou fechar a porta – ameacei.

Ah até imagino o que fará, assim que estiver a sós – zombou, entretanto percebeu o meu olhar sério e resolveu dizer de uma vez – Segundo o Logan, o seu caso está mais complicado do que achamos.

Desde quando o Logan é advogado para saber disso? – agora realmente estou irritado.

Sabe que não há ninguém mais bajulador do que ele e nesse plantão ele acompanhou a Dra. Stevens.

Com certeza, aquela vaca, só fez o que sempre faz, falou mal de mim, nenhuma novidade – dei de ombros.

Seja como for, você irritou um pessoal do exército, altas patentes...

Se eu tivesse cometido um erro médico, até aceitaria a punição. Ser punido por dizer a verdade é inconcebível.

Ninguém gosta de ouvir a verdade, Zach, ainda mais de alguém como você, que não usa de eufemismos para fazê-lo.

Eufemismos? – repeti sem acreditar – Sair apenas com a Maya está te deixando muito afeminado, Chris! Antes não usava palavras assim. Se já deu seu recado, muito animador por sinal, eu agradeço, pode ir agora.

Ok, só me mata uma curiosidade. Como ela era? Ruiva, morena, loira ou negra?

Em vez de responder, eu apenas bato a porta na cara dele, indo direto para o banheiro, tomar um banho e fazer alguma coisa para melhorar a minha situação.

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ELA (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora