𝑨 𝑪𝒖𝒍𝒑𝒂 𝒆́ 𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂?

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LAURA

Acordo meio desorientada, sinto uma dor forte na minha intimidade, está ardendo muito.

Sinto algo escorrer entre minhas pernas e vejo algo gosmento.

Olho para o lado e ele não está, agradeço muito, não sei se aguentaria olhar para sua cara depois de ser estuprada e violada de todas as formas.

A madre sempre dizia que deveria obedecer meu marido, que tudo que ele fizesse ou falasse era lei.

Sempre escutei que a mulher foi criada por Deus apenas para dar filhos aos maridos e que não tínhamos opiniões próprias, eu nunca concordei com isso, mas cá estou eu sendo uma ótima esposa submissa.

Eu odeio ele! ODEIO VITOR GRECO.

Me levanto sentindo muita dor, ando quase me rastejando para o banheiro, coloco a banheira para encher e me olho no espelho, levo um susto, minha pele branca agora está vermelha e roxa, tem sangue seco grudado em minha bunda.

— DESGRAÇADO! - grito sentindo o ódio entalado na minha garganta.

Entro na banheira e sinto minha pele queimar em contato com a água, fico quase meia hora alí dentro, saio me enrolando em um roupão e sigo para o closet.

Fico procurando algo que não machuque tanto, pego uma camisola fina e visto sem calcinha mesmo.

Sigo novamente para o banheiro e começo a pentear meu cabelo, meu rosto está pálido e tenho olheiras em baixo dos olhos, sinal de que não ando dormindo bem.

Desde que cheguei aqui não falo com minha família, não tenho celular e tão pouco acesso a internet, pareço uma prisioneira.

Assim que termino de arrumar os cabelos, sigo para o quarto.

Estou ficando totalmente entediada aqui, droga.

Escuto alguém bater e grito um entre.

Vejo Stefane passar toda envergonhada com uma bandeja em mãos.

— Oi. - fala tímida - Trouxe para você, já que não desceu para comer... É sopa de lentilhas, eu mesma que fiz. - sorrir orgulhosa.

— Obrigada, Ste. - pego a bandeja colocando em meu colo.

Dou uma colherada e suspiro.

— Que delícia! - começo a sorrir - Você cozinha muito bem.

Ela dar um pequeno sorriso envergonhada e se senta na cama.

— O Don disse que você iria me ajudar, ele falou que tenho que ser perfeita para Dimitri e a máfia... E o casamento está próximo. - fala com tristeza.

Stefane era filha de um homem que traiu a máfia, ele se aliou com a máfia inimiga, então foi morto, mas deixaram ela viver, o Don especificamente.

E agora ela terá que se casar com Dimitri, coitada. Ela vai sofrer o mesmo destino que eu e de muitas mulheres da Família.

— Tudo vai ficar bem. - pego em sua mão - Estarei aqui e vou te ajudar no que precisar.

— Obrigada, Laura. - me abraça.

Fico surpresa com seu ato, mas retribuo o abraço.

Era algo que precisava faz tempo.

— Agora preciso ir. - fala se levantando - A senhora Estela vai me ajudar a se comportar na mesa. - sorrir.

— Você vai se sair bem. - digo sincera.

Ela dar um sorriso e saí do quarto, termino de comer a sopa e coloco a bandeja na mesinha de cabeceira.

Pego o controle da tv e ligo procurando um filme qualquer, encontro um e coloco.

Fico assistindo por um tempo e acabo pegando no sono, acordo sentindo a cama afundar, olho para o lado e vejo Vitor dormindo bêbado, o cheiro do álcool e perfume barato é perceptivo.

Desligo a tv vendo que o filme está terminando, me deito de lado e fecho os olhos tentando dormir, mas tá muito difícil, não confio nesse homem ao meu lado.

Um bom tempo depois acabo sentindo meus olhos pesarem e adormeço.

VITOR

Sinto uma cabeleira na minha cara e acordo, porra, estou com uma maldita ressaca.

Olho para o lado e vejo Laura dormindo serenamente, ela é perfeita.

Sei que ontem peguei pesado com ela, mas fiquei com ódio pelo Dimitri ter tocado em algo meu, desde criança ele sempre sentiu inveja de mim.

Levanto indo para o banheiro, escovo os dentes e logo entro no chuveiro tomando um bom banho, quero tirar esse cheiro de bebida e perfume barato.

Assim que saio vou para o closet, visto apenas uma calça moletom, saio do closet vendo Laura se mexer, ela logo desperta e olha para mim assustada.

Ela não fala nada, apenas levanta e vai para o banheiro.

Me sento em uma poltrona no quarto, acendo um cigarro e começo a fumar, logo vejo ela passar de roupão para o closet, ela saí usando um vestido, mas algo me chama atenção, ela está sem calcinha.

— Falta a calcinha. - falo sério e ela me olha.

Ela fica um tempo processando e logo entende.

— Fica machucando... não consigo usar. - fala triste - E o vestido é longo, nem dar para perceber.

— Eu estou percebendo. - falo com raiva - Depois se o Dimitri passar a mão na sua bunda, não reclame.

Ela olha para mim sem acreditar no que falei.

— Está dizendo que a culpa é minha?

— Só não é minha! - digo - Se ele fez isso, talvez você tenha feito algo para que ele achasse que tem liberdade com você. - falo com raiva.

Vejo os olhos dela se encherem de lágrimas.

— Desculpa... vou colocar uma calcinha. - ela fala triste.

Sorrio vitorioso.

Ela saí depois de uns minutos e desce para tomar café, vou para o closet me vestir com um terno e saio do quarto indo lá para baixo.

Vou fazer minha moglie andar na linha.

Votem no final.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Where stories live. Discover now