𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀

𝑱𝒂𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒊𝒗𝒂𝒅𝒐

Não consigo parar de olhar para ele, apesar de ele ser realmente muito bonito, o que me faz encarar não é isso, é a sua frieza em relação ao casamento.

— Filha você demorou. - sorri para mim - Mas valeu a pena, está linda. - beija minha bochecha.

— Obrigada, pere. - sorri com seu elogio. - Boa noite. - cumprimento todos na sala.

— Querida, quero te apresentar o Henrique, talvez não se lembre mais desse velho babão, porém ele te pegou no colo. - diz papai sorrindo.

— Não ligue para esse velho, piccolo. - me abraçou - Você está tão linda, não é Estela? - olhou para a esposa.

— Sim, meu marito. - sorriu para mim - Pegamos essa ragazza no colo e ela agora é uma mulher, futura mãe de nossos nipotis. - fala pegando minha mão.

Eles me trataram com muito carinho, mas o meu noivo se quer falou comigo.

— Posso? - pergunta se pode me dar um abraço.

Aceno com a cabeça, sorrindo.

— Você é muito linda, sorella. - fico feliz quando ela me chama de irmã - Bem-vinda a nossa família. - sorri um pouco tímida.

— obrigada, soeur. - começamos a rir.

Sinto minhas costas queimarem e sei que ele observa cada passo meu, seguimos para mesa de jantar e começamos a conversar como uma grande família.

Depois de um tempo que terminamos o jantar, voltamos para a sala de estar, e vejo que o pai dele olha para ele, e então ele vem até mim, começo a suar de nervoso.

— Quero aproveitar que estão todos que importam aqui, para pedir você em casamento. - ele diz olhando para mim sério - Você aceita? - tira uma caixinha do bolso.

Pareceu uma pergunta idiota, porque eu não poderia dizer não.

— Sim. - falo forçando um sorriso.

Ele pega minha mão e coloca o anel no meu dedo, ele é muito lindo e se fosse em outras circunstâncias, acho que estaria muito alegre.

Todos pegam suas taças e brindam, logo depois nos parabenizaram, não estou feliz e é nítido em meu rosto.

Depois de um tempo ele volta a falar.

— Senhor Vincent, será que poderia dar uma volta no jardim com a minha noiva? - pergunta para meu pai.

— Claro que sim. - diz sorrindo - Vá Laura, mostre o jardim para o Vitor.

Então saímos da sala, não sei o que esse idiota quer, ele mal falou comigo a noite inteira e agora quer conversar.

Quando estamos chegando no jardim, ele segura meu braço sem delicadeza alguma.

— Aí... - tento me soltar, mas ele é mais forte que eu - Está me machucando.

— Sei que não quer esse casamento, está escrito na sua cara, mas como você não tem escolha, espero pelo menos que seja obediente. - ele passa o polegar em meu rosto.

Parece que ele acha que está falando com um cachorro.

Apenas forço um sorriso.

Ele não para de olhar para mim, seu olhar é intenso e me queima inteira, sinto medo dele e um pouco de desejo.

Ele chega mais perto e afasta meu cabelo, passa a boca no meu pescoço e morde, eu não sei o que fazer, meus olhos se enchem de lágrimas porque realmente doeu.

— Estou marcando território. - sorri sádico - Não chore piccolo, logo você será minha moglie, e eu poderei fazer tudo que fiquei imaginando a noite toda.

Eu engoli em seco, tinha medo do dia que fosse sua mulher, ele faria qualquer coisa comigo e ninguém poderia fazer nada, assim que casarmos eu serei sua, como uma propriedade.

Entramos novamente em casa e eu estava tensa, meu irmão percebeu e logo se aproximou.

— Está tudo bem? - ele fala no meu ouvido - Laura? - ele chama em reprovação.

— Estou bem. - minto, Vitor não tirava os olhos de mim.

— O que ele queria? - pergunta.

Eu não conseguia dizer nada, estava com medo e escondia a mordida com o cabelo, se meu irmão visse faria um auê.

— Conversar... - falei colocando fim aquela conversa.

Algumas horas depois todos fomos para os seus devidos quartos, a família Greco ficou na ala de hóspedes, era mais particular.

E eu estava tomando banho quando vejo aquele roxo em meu pescoço, se alguém ver, como explicar?

Vou para o closet e escolho uma camisola fina.

Deito na cama e fico pensando que daqui para frente minha vida será um inferno.

Votem no final.