Exta ≈ Ethan Wayne

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Com muito carinho, dedicando a DudaSanttos3467, que me pediu para fazer esse extra. E aqui estou eu, quase 2 anos da estória publicada fazendo.
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— você não tinha esse direito, Ethan — Maggie falou, ainda com as mãos em punho. Sua mão tremia. — você não tinha o direito de me destruir em nome do que você julga ser amor.

Minhas mãos estavam trêmulas, enquanto a olhava. Eu achava que estava fazendo isso em uma tentativa de ter controle sob ela e conseguir lhe desarmar, mas percebi que não era isso.

Eu realmente estava tremendo.

Eu realmente estava com medo do que Maggie poderia fazer com aquela arma. Não comigo, mas consigo mesma.

— Maggie, eu entendo. — Falei, tentando me situar. O que eu poderia falar? Como poderia desestabiliza-la? — Abaixe essa arma, eu estou te pedindo. Eu te deixo ir...

Tentei novamente.

Dessa vez era definitivo. Eu realmente a deixaria ir. Lhe daria para Luis Henrique e pediria para que ele a fizesse sumir. Faria com que ela ficasse livre de mim e de toda essa merda. Eu faria, céus, eu faria.

— não! — o grito me assustou, mas tentei não demonstrar isso. — você está falando isso por que quer que eu abaixe a arma! Você disse que eu não era capaz de articular um plano simples. — Puta que pariu.

O que eu fiz?

— eu sei — falei, e vi seu rosto vacilar um momento. Me animei internamente — eu sei, mas solte a arma, Maggie. Por favor. Eu juro que esto fazendo isso por você...

— você me destruiu, Ethan. E eu vou destruir você. — Eu a vi reerguer a arma de uma maneira mais firme. Eu me imaginei falando para ela que a única forma dela me destruir seria se destruindo.

Tentei novamente.

A esse ponto. Meu coração estava fraco, batidas lentas. Minhas mãos estavam dormentes, meus olhos doíam. Meu pulmão estava doendo.

— Maggie, essa decisão que estou tomando não é por mim, mas por você. E é por isso que estou lhe deixando ir. Abaixe a arma, por favor. — Pedi novamente, sentindo meu corpo mole. Eu iria desabar?

— Maggie — chamei seu nome, quando a vi colocar a arma em sua pálpebra. Por favor, não.

Aquilo não era possível.

Dei um passo para frente, chamando seu nome novamente. Mas parecia que ela não estava me escutando.

— Maggie, Maggie... — Quando ela olhou para mim, sorriu. Meu mundo desabou.

— Acabou.

O gatilho foi acionado.

Demorou.

Demorou muito.

Demorou, porque vi o movimento do seu dedo, a expressão de destruição em sua face, vi seu sorriso sumir e seus olhos marcados ficarem assustados.

Corri até Maggie, minha menina, minha amiga, minha querida Maggie...

Ela ia caindo de costas, quando cheguei acalentando seu rosto, a tendo em meu colo.

— Maggie — segurei seu rosto, meus dedos grandes faziam seu rosto pequeno parecerem uma boneca. — Maggie, por favor, princesinha. Por favor, não me deixe.

Meu peito doeu.

Doeu mais do que poderia imaginar. Mais do que quando Ettore morreu, quando Ada foi estuprada a minha frente, quando eu fui estuprado e vi Ettore ser.

Passado vol.2 - El fin Where stories live. Discover now