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— e então, Luis — os dois Luis encararam Arnel, que por sua vez riu — estou falando com o Nuevo. Mas antes, vocês tem algum tipo de parentesco?

— não — o pai de Maggie falou, estreitando os olhos ao olhar para Arnel.

— bom. Então, Luis — continuou, com a voz mansa. Quase tive vontades de vomitar ao sentir as lembranças que esse tom de voz remetia — como está Marta?

Luis Coleen não sabia de nada que havia ali, entre Arnel, Luis Nuevo, meu pai, eu e outras pessoas. Mas isso não fez com que o clima não ficasse tenso, quente.

Marta? — Luis Henrique repetiu o nome, olhando Arnel com o que ele julgava ser uma expressão contida, mas que estava claro o contrário — o nome da minha esposa é Marry, Arnel.

O homem sorriu, batendo a mão direita na testa.

— sempre me confundo — sorriu novamente, mas o clima tenso ainda estava ali — e você, Ethan? Como está a vida de casado?

Meu sangue gelou quando a atenção de todos os homens estavam sob mim, mas não deixei que aquilo ficasse claro.

— está bem, obrigada — falei, levantando — aceitam uma bebida?

Talvez a forma calma tenha feito parecer que eu não estava desconfortável com a pergunta. Mas a minha súbita vontade de oferecer a porra de uma bebida sim. E quis me dar um soco no momento em que os homens me olharam com os olhos avaliadores. Cada um de seu jeito.

— você não tem empregada? — Luis Coleen perguntou, cruzando as pernas no sofá.

Dei de ombros.

— Maggie prefere ter uma vida mais discreta. Eu não vejo problema algum em chamar a empregada para vim duas ou três vezes na semana limpar e fazer alguma coisa para comermos.

Ihre Frau ist also hier? — a voz de Arnel soou baixa, olhando ao redor. O alemão saiu quase como afinado, me dando calafrios.

Então sua esposa está aqui?

Os olhos dele foram para sala, avaliando cuidadosamente. Mas quando ele parou os mesmos na escada, fez com que eu quisesse novamente me dar um tiro.

Por que eu havia colocado Maggie num quarto tão próximo da escada?

— o que querem? Ser um "distribuidor de bebidas" me ajuda de certa maneira. Tenho quase tudo o que vocês quiserem. — tentei, atraindo a atenção de Arnel que por sua fez sorriu junto a Luis Coleen.

— um Martíne, com uma rodela de limão — O homem de olhos avaliadores falou, recebendo uma cotovelada de Coleen.

— fresco. Eu quero uma vodka russa quente, da melhor que você tiver. E sim, tem que ser russa — fiz uma anotação mental de colocar ácido na bebida daquele homem folgado, mas descartei a idéia logo em seguida, ao me lembrar que ele seria útil.

— sogro? — me arrisquei com o homem que estava em pé, em um canto da sala olhando alguma coisa qualquer.

— eu te acompanho, Ethan — murmurou e eu não perdi tempo em direcioná-lo até a cozinha.

Passado vol.2 - El fin Where stories live. Discover now