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-- Hey... -- Fernanda disse enquanto entrava no trailer. Havia demorado um pouco, pois teve que guardar e esconder tudo.

-- Veio lavar a louça? -- Lauren tentou descontrair, rindo para disfarçar a tensão que lhe atingira.

-- Preciso reforçar que só perdi porque Isabelle me chamou e deixei a cobertura no fogo para ir ver o que era.

-- Bons chefs não deveriam queimar a cobertura. -- Alane disse rindo e Fernanda se jogou no sofá.

-- Não zombe de mim. Eu faço os melhores doces. -- Fernanda disse e Alane assentiu. Um silêncio se instaurou por alguns minutos até Fernanda voltar a se pronunciar: -- Ficou triste ao mencionar seu pai, não é?

-- É que... -- Alane olhou para as próprias mãos antes de suspirar. -- Nem me lembro como é ter alguém. Levo tanto tempo sozinha que já não sei a sensação de ter alguém que se importe.

-- Eu me importo. -- Fernanda disse rapidamente, fazendo Alane lhe fitar. -- E você não está mais sozinha. Ou pareço um fantasma agora? -- Fernanda brincou, rindo.

-- Está longe de ser um.

-- Então. Tire essa ideia de que está sozinha de sua cabeça. Te adotei, já era. -- Fernanda disse e Alane sorriu.

-- Me adotou? -- Alane perguntou arqueando uma sobrancelha.

-- Sim. Não dá para voltar atrás. -- Ela disse. -- Quem iria apostar as coisas comigo?

-- Me adotou tipo como mãe? -- Alane perguntou rindo. -- Porque se for você pode lavar minhas roupas sempre, fazer minha comida e me pôr para dormir. -- Alane disse, fitando Fernanda antes de levar um tapa fraco em seu braço. -- Era brincadeira. Ouch.

-- Não seja preguiçosa. -- Fernanda disse rindo e Alame assentiu.

-- Sim, senhora. -- Alane disse, vendo Fernanda se levantar e dobrar o corpo para trás, estralando a coluna.

-- Já ficou sentada naqueles bancos duros por horas? É horrível. -- Fernanda disse, indo até suas coisas e pegando algumas roupas. -- Vou tomar um banho para relaxar.

-- Eu posso fazer uma massagem se quiser. Sou muito boa nisso. -- Alane disse. -- Minha mãe, antes de morrer, costumava ter muitas dores nas costas e eu a ajudava nisso.

-- Não se incomodaria com isso? -- Fernanda perguntou e Alane negou. -- Bem, vou tomar um banho antes, pode ser?

-- Pode. -- Alane disse, vendo Fernanda sumir de vista. Ela sorriu sabendo que ajudaria Fernanda e olhou em volta. Aquele pequeno trailer estava começando a aparecer um lar para ela e, pela primeira vez em anos, alguém a aceitava como ela era e gostava de sua presença

O último pênis ( Fernanda e Alane )Where stories live. Discover now