SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
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Dois meses se passaram, o clima de Nova Iorque ficava cada vez mais frio, indicando que o cenário do inverno daquele ano seria repleto de neve e cafeterias lotadas, servindo chocolate quente. Ainda estávamos no final de Novembro, mas as pessoas já se espremiam dentro de seus casacos acolchoados e as lojas já exibiam nas vitrines decorações encantadoras de natal.
Parei de frente para uma das lojas mais famosas da Quinta Avenida, Prada. Esfreguei as palmas das minhas mãos, revestidas por uma camada de couro quente das luvas pretas e admirei o manequim que usava um lindo vestido. Ele ia até a altura dos calcanhares, tinha decote reto, ombros e colo nus, as alças de chiffon pendiam sobre os ombros e a cor vermelho vinho dava um toque de elegância.
Mas foi o brilho espalhado por todo tecido que me chamou a atenção, eu gostaria de brilhar assim no meu jantar de noivado que aconteceria na semana que vem, início de Dezembro.
Acabei me imaginando naquela peça enquanto anunciava para a minha família que iria me casar e ter um bebê lindo com o homem que eu amava. Tinha quase certeza que meu pai seria capaz de zerar os estoques de fogos de artifícios do estado, só para mostrar ao mundo o quão feliz se sentia por eu finalmente lhe dar a graça de um neto.
Como a única filha mulher, sempre foi esperado de mim conceder alguns herdeiros para aumentar a influência e a dinastia dos Calloway. Dei alguns passos para trás na calçada, para ter uma visão mais ampla da peça e avaliar o poder do contraste que ela causava com as outras roupas e decorações ao redor.
Parei quando senti meu corpo esbarrar em alguém e tentei me equilibrar segurando o braço da pessoa.
— Me desculpe, estava tão distraída que...
— Você ficaria incrível nesse vestido. — olho para trás, dando de cara com meu grande amor e sem esperar uma resposta ele me beija.
— Você podia avisar quando está chegando. — eu disse sorrindo.
— E te tirar do transe que esse vestido te colocou?! Nem pensar. Você parecia apaixonada, não quis estragar esse momento romântico entre você e a vitrine. — ele brincou, me virei para a loja outra vez enquanto ele passava seus braços ao redor do meu corpo e aproveitei seu contato.
— O que acha? Combina com o jantar da semana que vem?
— Qualquer vestido combina com o jantar do nosso noivado, só por você estar dentro dele.
— Você dificulta as coisas para mim sendo tão cavalheiro. — suspirei. — Me faz imaginar vestindo um saco velho de batatas e você babando por mim.
— Não acho que seja algo difícil de acontecer, mas prefiro que use esse vestido ao invés de um saco sujo. — ele riu e eu o acompanhei, seu hálito quente contra minha nuca fez meus pelos eriçarem. — Por que não entra para experimentar? Não estamos atrasados para a consulta ainda, dá tempo de decidir se ele é seu escolhido.
