Capítulo 11

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Fui até a porta as pressas, meu salto fino batendo rapidamente contra o piso de madeira, felizmente consegui alcançar antes que Maxwell passasse por ela e a fechei

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Fui até a porta as pressas, meu salto fino batendo rapidamente contra o piso de madeira, felizmente consegui alcançar antes que Maxwell passasse por ela e a fechei. Encostei as costas contra a madeira escura, de frente para ele. Seu rosto me analisava com cuidado, provavelmente estava pensando que eu enlouqueci e estava prestes a ataca-lo.

— Espere! — repeti, esticando a palma da mão em sinal de pare.

Nunca tinha olhado para o Beltran com olhos que não fossem os profissionais. Parando agora para analisar, ele era alto, tinha músculos o suficiente para a camisa marcar, olhos azuis tão escuros, quanto o oceano e uma estrutura óssea de dar inveja. Sua barba era um charme à parte, sempre esteve bem aparada como o cabelo e apesar de não vestir roupas de grife, foi só no dia da sua demissão que o vi amarrotado.

Outro ponto é que já trabalhamos juntos, ele foi o único desde o início da minha carreira que permaneceu tanto tempo no cargo. Sua competência poderia ter vacilado da última vez que nos encontramos mas, se eu levasse em consideração todos os outros dias, ele até que era eficiente.

— Max, eu preciso... — fechei os olhos por alguns segundos, as palavras travaram na minha garganta se recusando a sair. — Preciso da sua ajuda, okay?

Já fazia quase um mês desde a reunião e eu estava desesperada pra me equiparar aos meus irmãos.

— Olha só, que inusitado. Você precisa de alguém além de si mesma? — ele cruzou os braços com desdém. — Com o que exatamente? Não encontrou ninguém sem amor próprio para me substituir?

— Por gentileza, podemos agir como dois adultos aqui?! Isso é um assunto sério. — endireitei minha postura, levantando o queixo. Como ele respondeu apenas com um revirar de olhos, prossegui. — Tenho uma oportunidade muito tentadora para lhe propor. Garanto que não vai se arrepender.

— Vindo de você, tentador não é o adjetivo mais adequado. — ele sorriu de lado. — Mas já que estou aqui de qualquer forma... — ele me deu as costas, andando devagar até o meio da sala e sentou na minha poltrona. Minha. — Por favor, prossiga. — sorriu cinicamente.

Respirei fundo, tentando manter a calma diante da postura de Max. Estava me desafiando ou testando. No entanto, sabia que a proposta que estava prestes a fazer era arriscada, então não dei importância a sua atitude infantil, ele era a minha única saída no momento. Pelo menos, a mais convincente, se eu aparecesse com um desconhecido da noite para o dia, minha trapaça ficaria muito óbvia.

— Max, sei que pode parecer loucura à primeira vista, mas preciso que você me escute com atenção. — comecei, escolhendo cada palavra com cuidado. — Como COO da Lumière, estou constantemente sob pressão para manter, não só os números subindo, como a imagem da empresa impecável também. E, como você bem sabe, a imagem é tudo nesse mundo dos negócios.

— Não. A imagem é tudo para você. — disse secamente e relaxou no veludo do assento, seu sorriso não alcançou os olhos. — Mas o que isso tem a ver comigo? — perguntou, sua expressão ainda carregada de desconfiança.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Where stories live. Discover now