Capítulo 9

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"Boa leitura ❤️🍷 No próximo capítulo, Max e Victoria vão se encontrar."

Música clássica sempre foi minha terapia favorita desde a infância, papai sempre ouvia e meu coração dançava de acordo com a melodia

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Música clássica sempre foi minha terapia favorita desde a infância, papai sempre ouvia e meu coração dançava de acordo com a melodia. Era muito simples descobrir meu estado emocional. Se estivesse tocando Brandenburg Concerto No. 3, de Bach, eu era uma mulher feliz e saltitante. Porém, se o caso fosse as notas tensas da Symphony No. 5 de Beethoven, bem, era melhor ninguém pisar na minha frente ou viraria pó.

Eu estava sentada em minha poltrona de couro preta, perdida em meio aos acordes de Beethoven, mas minha mente estava longe de apreciar essa obra de arte. A verdade é que eu estava à beira de um colapso nervoso, mergulhada em pensamentos tumultuados sobre o meu futuro na empresa.

Não tinha ideia de como conseguir um marido. Apesar de ser uma mulher bem-sucedida, poderosa, acostumada a arrancar elogios e olhares intensos de todos os homens que cruzavam o meu caminho, encontrar um parceiro adequado parecia uma tarefa impossível.

Não por falta de opção, os corajosos que se atreviam a arriscar uma cantada ou jogar conversa fora nos meus dias de carência, eram meros objetos, usados para satisfazer meus desejos sexuais e ponto. Afinal, o contrário do que todos os meus funcionários pensam, eu sou humana e existem períodos no mês que preciso prover algumas... necessidades.

A questão era, eu não pretendia me casar nunca mais, ou seja, nenhum candidato, por mais cavalheiro e atraente que fosse, era capaz de atender às minhas expectativas inexistentes.

E, para piorar, não tinha um assistente pessoal para resolver isso para mim. Não tive cabeça nas últimas semanas para entrevistar ninguém da enorme lista de candidatos, cadastrados para a vaga no site da Lumière. Como uma Calloway poderia ser tão desorganizada? Suspirei, fechando meus olhos.

— Tenho que resolver isso hoje! — Afirmei ao falar sozinha, com a cabeça inclinada para atrás, apoiada no encosto confortável do estofado.

Enquanto eu focava no enorme lustre no teto da minha sala, afundada em angústia, podia sentir o cheiro do medo pairando no ar ao redor de mim. Meus funcionários estavam todos em estado de alerta, evitando qualquer contato visual e se movendo pelo escritório como ratos assustados. Era como se o menor deslize fosse causar mais uma demissão, ou pior, demissões em massa.

Eu não era tão cruel assim, mas pelo visto, essa era a imagem que consolidei com a minha equipe. Uma vilã.

De repente, a porta da minha sala se abriu, interrompendo meu caos interno. Linda Smith, uma funcionária antiga da contabilidade, entrou hesitante, claramente ciente do meu estado de estresse. Ela era alta, magra e jovem, o que me levava a pensar que trabalha na Lumière desde que se formou na faculdade.

— Senhora Calloway, desculpe interromper sua... É... Sua música, isso. — ela começou, com a voz trêmula e os olhos evitando os meus. Era desengonçada, mas suportável — Eu... eu estava me perguntando se... se a senhora precisava de alguma coisa. O te... telefone da mesa que era do... do senhor Beltran, não para de tocar e não tem nin... ninguém designado ao cargo dele até o momento, sua agenda deve estar uma ba...bagunça.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora