Capítulo 8

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Eu estava sentado no sofá, com o coração batendo tão forte que podia sentir pulsar na minha garganta

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Eu estava sentado no sofá, com o coração batendo tão forte que podia sentir pulsar na minha garganta. Aguardava a chegada inevitável da assistente social, era uma visita de rotina, acontecia uma vez ao mês depois que Cassie entrou na justiça para lutar pela guarda da nossa filha.

A batida da campainha me deu um susto, fazendo eu pular do sofá com rapidez. Estava mais nervoso do que nunca, normalmente as visitas eram rápidas, a mulher fazia algumas perguntas sobre como andavam as coisas e conversava com Brianna a sós. Porém, hoje eu teria que me esforçar para que a Senhora Bailey, não desconfiasse do meu status atual; desempregado e falido. Caso contrário, o juiz poderia parar de ser compreensível com o pai solteiro e, conceder a tutela para a minha ex mulher, que alegava arrependimento e ser rica.

Chequei meu rosto no espelho ao lado porta, consegui disfarçar bem meu semblante de derrota ao fazer a barba e cortar o cabelo. Já fazia uma semana desde a demissão, mas eu ainda estava tentando controlar os nervos que ameaçavam dominar meu raciocínio.

Ao abrir a porta, deparei-me com a figura serena e profissional da assistente social, seu olhar acolhedor não fazia ideia do segredo que eu pretendia esconder. Ela entrou com um sorriso gentil, mas seus olhos transmitiam uma seriedade que não podia ignorar, seria difícil, ela parecia ler muito bem as pessoas. Era hora de enfrentar as perguntas difíceis e fingir ser o melhor pai do mundo.

— Senhor Beltran, agradeço por me receber em sua casa. Sei que este pode ser um momento difícil para você — começou ela, com uma expressão compreensiva e eu me perguntei por um instante, se ela já sabia de tudo. — Me refiro a última audiência com sua ex esposa. — completou ao notar minha confusão.

Engoli em seco antes de responder, tentando manter a calma.

— Sim, sim. Claro, Senhora Bailey. Obrigado por vir. — retribuí seu sorriso e dei espaço para que ela entrasse. — Por favor, fique à vontade. — Indiquei a sala minúscula do nosso apartamento.

Respirei fundo, preparando-me para o que estava por vir, enquanto Brianna brincava despreocupadamente no tapete velho do cômodo, alheia às preocupações que pairavam sobre minha cabeça. Claro que ela sentia falta da mãe, qual criança não sentiria?

A assistente social se acomodou no sofá, enquanto eu me sentava nervosamente em uma poltrona ao seu lado. Inclinei o corpo para frente e apoiei os cotovelos nos joelhos, apertando minhas mãos com firmeza para controlar a ansiedade. Eu era péssimo em representar papéis, agradeço até hoje a professora do meu quinto ano por ter dilacerado meu sonho de ser ator.

— A senhora aceita uma água ou café? — tentei ser simpático.

Ela negou com a cabeça, tirando alguns documentos de sua pasta marrom. Não sabia seu primeiro nome, a mulher era uma senhora que aparentava ter uns cinquenta e poucos anos, baixinha, acima do peso e de pele escura.

— Antes de começarmos, gostaria de discutir o motivo da minha visita. Recebemos algumas preocupações quanto ao bem-estar da sua filha, Brianna. — ela ajustou os óculos de grau. —  É importante garantir que ela esteja em um ambiente seguro e estável.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora