Capítulo 23

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Boa leitura ❤️

Cassie quase tinha conseguido me tirar do sério naquele dia, se Victoria não tivesse aparecido, acho que teria cometido uma besteira

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Cassie quase tinha conseguido me tirar do sério naquele dia, se Victoria não tivesse aparecido, acho que teria cometido uma besteira. Estava ansioso para as portas do elevador abrirem e eu poder explicar tudo para ela, mais do que isso, eu precisava mesmo desabafar sobre aquilo, mesmo que fosse com Victoria. Afinal, ela também já tinha aberto parte das suas emoções no estábulo no final de semana. Respirei fundo, não ia esperar a caixa de metal se abrir.

Mas então, olhei para a pedra de rubi em seu anel, o vermelho cintilante contra a luz do elevador. Aquela mão levantada pra mim me fez calar a boca na mesma hora, não porque eu era obediente, mas sim, como um lembrete de que Victoria só se importava consigo mesma. Acho que ela nem percebeu que continuei lá, parado, com as mãos no bolso enquanto ela subia as escadas do apartamento

A raiva subindo por minhas veias e eu chutei a porta do elevador. A reação de Brianna foi uma surpresa para mim, eu sabia que a minha filha estava carente por uma mãe, não a culparia por preferir uma mulher ao invés de mim. Eu estava presente na vida dela desde sempre, mas Cassie só participou do seu primeiro ano de vida. Quando ela se agarrou a Victoria ao invés da megera da mãe, eu soube que eu estava sendo irresponsável como pai. Daqui um ano Brianna voltaria a ter somente a mim, nenhuma mãe para chamar de sua. Isso se Cassie não a tomasse de mim na próxima audiência.

Estava lembrando disso quando Victoria mencionou eu ainda estar solteiro, meu olhar perdido no trânsito frenético lá embaixo, carros indo e vindo, pessoas seguindo suas vidas. Ela não tinha entrado na cozinha para jantar, ao invés disso, podia sentir sua ansiedade atrás de mim. Coloquei uma mão dentro da minha calça de moletom enquanto levava minha bebida até a boca.

Não tinha pretensão alguma de respondê-la, estava aprendendo a lidar com ela. Victoria era acostumada a ter cabeças baixadas quando passava. Acostumada a mandar, a ter a última palavra, a não ser contrariada ou provocada. Podia perceber agora, enquanto ela continuava parada no meio da sala, que queria alguém bom o bastante para coloca-la em seu devido lugar.

Vamos dizer que, bem, eu estava começando a me sentir seguro para lidar com a megera com pulso firme. Era a vez dela de ser a cachorra. Provar um pouco do próprio veneno.

— É o seguinte, não vou conseguir dormir, okay?! — ela finalmente rompe o silêncio, sua voz com um misto de impaciência e confusão.

— Você ainda está aqui?! — perguntei sem olhar para trás, relaxando os ombros e admirando a vista.

— Max, precisamos falar sobre o que aconteceu mais cedo no escritório. — não a respondi, ao invés disso, dei um belo gole no meu Whisky. Quando a fingi que não tinha a escutado, pude ouvi-la bufar. — Dá para parar de me ignorar? — ela veio até mim, parando ao meu lado e minha visão periférica percebeu que seus braços estavam cruzados.

— Então agora você quer conversar? — soltei uma risada curta e neguei com a cabeça. — Achei que tivessemos estabelecido um limite para o nosso relacionamento. Nada de sentimentos, lembra? — a encarei, meus olhos penetrando nos seus com intensidade. — E você parecia muito segura de si quando eu saí. — debochei, passando por ela até a mesa de canto para encher novamente o meu copo.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Where stories live. Discover now