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O Sol estava próximo de aparecer no horizonte, e eu já estava de pé. Aproveito que os senhores ainda não acordaram e rumo até o lago, levando minha roupa para trocar e também um pano para me enxugar.

Espreguiço minhas pernas antes de mergulhar na água. Olho meu reflexo e vejo que meu rosto já está voltando ao normal, não muito, mas está, aproveito para lavar meu cabelo com um pouco do sabão que peguei ontem.

Assim que vejo que o sol está saindo, saio do lago, me secando e vestindo a roupa, aproveito para lavá-la.

Volto ao celeiro e procuro um lugar escondido para estender meu vestido e a roupa íntima recém lavada. E então saio do lugar caminhando até a casa. Entro na mesma indo direto para a cozinha enorme, lavo minhas mãos e começo a fazer um pão para os senhores, eu esperava que eles gostassem, já que era assim que fazia o café dos meus pais.

O sol já estava brilhando quando tirei o pão do forno e o cortei em um prato, passei a manteiga com todo o cuidado possível. Meus ouvidos captam o barulho de salto alto descendo as escadas e chegando a cozinha.

- Mas o que você está fazendo aqui?! - Ela grita se aproximando raivosa de mim. Sou puxada pelos cabelos para fora de casa.

- O que aconteceu, querida? - O senhor indaga.
- Ela entrou na nossa casa sem autorização.

O homem se aproxima de mim e volta a puxar meus cabelos e me arrasta até o celeiro. Embora a forma como me trata ser a mesma que a do meu pai, este homem era imensamente maior e muito mais forte.

Ele me joga no feno fazendo alguns voarem.
- Eu só não soco mais essa sua merda de rosto para não piorar sua aparência ao ponto de assustar futuros convidados à minha casa. - Ele diz e em seguida me dá chutes nas pernas.
- Não entre na minha casa sem autorização! Sabe Deus onde passou essas suas mãos, você por acaso as higienizou antes de por a mão na minha comida?! - Aceno que sim com a cabeça.

- Irá se arrepender por isso!

Ele bufa e sai do lugar, marchando de volta para casa. Me afundo no feno e tento respirar com calma. Acho que eles nunca tiveram uma escrava antes.

Eu estava encolhida no lugar, acho que já haviam se passaram algumas horas desde o ocorrido. Até eu escutar passos rápidos se aproximando. Eram um pouco leves, era a senhora.

- Venha me ajudar a fazer o almoço! - Ela ordena e vira as costas, prontamente eu obedeço, praticamente correndo até ela. Seus longos cabelos negros balançavam a cada passo que ela dava, a mulher era bonita na mesma intensidade que era assustadora. Eu parecia uma criança ao lado dela. Com certeza ela deveria ter quase 2 metros de altura.

Era outro pato, eu a ajudei a tratar o mesmo e nesse momento estava cortando os vegetais que ela queria, a mulher queria ensopado de pato. Ela murmura uma reclamação antes de sentar em uma cadeira do outro lado da mesa que estou cortando.

- Essa barriga enorme me cansa. - Ela diz suspirando, eu não fazia ideia de como era, permaneço em silêncio.

- Qual é mesmo seu nome? - Ela pergunta, antes que eu possa responder, seu marido passa pela porta trazendo várias frutas em uma cesta.
- Aryn, senhora. - Respondo me esforçando ao máximo para minha voz não sair trêmula.
- Aryn de que? - Ela pergunta meu sobrenome, eu não tinha, meus pais não haviam me registrado como filha deles.
- Ela é filha de uma prostituta do sul, querida, com certeza não tem sobrenome. - A voz grossa do homem ecoa, me causando um arrepio de medo.
- Então invés de comprar uma escrava, você compra uma meretriz?! - A mulher grita de raiva, o homem permanece frio.
- Estava mais barato, valeu as 3 ovelhas. - Eles responde calmamente, e após a informação a mulher fica calada.
- Sendo assim, foi um bom negócio, espero mesmo que ela seja útil para mim. - Ela diz me olhando.
- Me chamo Darcy e meu Marido Aldrik. Se nós obedecer você sobrevive por mais tempo.

Após o almoço, eu ajudo a senhora Darcy a tomar um banho, ajudo a mesma a se despir e entrar na banheira com a água morna que preparei para seu banho. Ajudo ela a lavar o cabelo e partes do corpo que ela não alcança e escuto seus suspirar calmo.

Esta mulher realmente estava precisando de alguém para ajudá-la. Pego a escova e escovo suas costas e observo uma pequena que eu não faço ideia para que serve. Ela percebendo minha confusão, rir.

- Isto - Ela pega a mesma - É uma escova para a boca. - Ela me mostra, girando em suas mãos. - Pegue, fique com esta para você. - Ela sorrir. E levanta-se pegando um pote pequeno.
- Isto e o produto que você passa na escova antes de escovar os dentes, meu marido comprou vários assim que chegaram á vida. Pode ficar com um. - Ela me dá e eu agradeço com um aceno de cabeça.

Separo a escova e o produto em um canto e termino de banhar a mulher.

Após o banho eu a pergunto se posso também me banhar no lago, e ela logo me permite. Eu estava curiosa sobre esse negócio que me foi dado.

Praticamente corri até o mesmo e me abaixei sob as águas, peguei a escova e passei o a espécie de gel nela. Tinha o gosto de hortelã e algo amargo, o gosto não era bom. Escovei os dentes e vi a água sair muito amarela, que estranho.

Mas a sensação depois foi indescritível, eu me sentia limpa de verdade.



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A L D R I KWhere stories live. Discover now