capítulo 12

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KAI YURI

Olho na tela do celular, o relógio marca 8:45 da noite. ---- que droga mel, onde você está?--- falo comigo mesmo. Nesse momento a porta da garage se abre, e vejo um carro sai, reconheço o motorista de imediato, pelas fotos que recebi de Ramiro, sei que se trata de Diego Silvani, pai de Calebe. o que devo fazer? Será que devo entrar atras dela? No momento que minha mão vai a maçaneta, o portão se abre novamente, mas dessa vez é o pai de mel. Sinto no meu íntimo que algo está errado, então simplesmente resolvo segui-lo. Seu carro voa pela cidade, tento manter uma certa distância para que ele não note a minha presença. Ele entra em uma via sem movimento, vejo quando seu carro para, então estaciono a alguns metros no escuro, observando-o. mas que droga ele está fazendo? Ele tira algo do carro, mas está escuro de mais, não consigo identificar. Aperto meus olhos para enxergar melhor. Ele entra no carro novamente e sai cantando pneu. Mas algo fico na estrada. me aproximo para ter uma melhor visão, e nesse momento vejo seu longo cabelo loiro.

---- mel? --- corro na sua direção dela, o mais rápido que consigo. Ela está deitada em posição fetal. A seguro em meus braços, esta inconsciente. ---- mel o que fizeram com você? ---- tenho medo de machucá-la, pois seu corpo está cheio de hematomas. que tipo de animal faria isso com a própria filha? A pego com delicadeza no colo, ela solta um gemido baixo por conta da dor. Ando o mais rápido que posso até meu carro, a colocando no banco de trás ---- calma meu amor eu estou aqui ---- do a marcha e saio acelerando o mais rápido que consigo. Com uma mão no volante e a outra no celular, ligo para Ramiro

---- senhor, como posso ajudar? ---- ele atende minha ligação de imediato

--- manda um médico para a minha casa, o mais rápido possível ---- escuto a mel delirando, olho para trás e vejo que ela não está nada bem. Meu corpo é tomado por medo, medo de perdê-la ----- rápido Ramiro ---- falo desesperado. Desligo o telefone, e piso no acelerador. Paro na frente da casa e saio gritando pelo meu irmão. Ele sai assustado, coçando os olhos, deduzo que estava dormindo.

--- o que aconteceu? --- Chris pergunta confuso com a situação

---- o médico chego? ---- nesse momento o clarão me sega, um carro branco estaciona, um homem de meia idade sai correndo do carro com uma maleta.

---- leve ela para o quarto --- o homem de meia idade grita. Subo com a mel em meus braços, seu corpo está mole e sua respiração está quase parando. Coloco meu amor na minha cama e deixo que o médico assuma. Meu copo todo está em chama, de pura fúria. No lado de fora do quarto, Chris me espera.

---- mano o que aconteceu? --- ele pergunta, colocando sua mão em meu ombro. Não consigo responder nada nesse momento, estou fora de si. Descontrolado começo a socar e quebrar tudo o que tem pela frente. Chris tenta me conter, mas é sem sucesso. Como pude deixar isso acontecer? Prometi que a protegeria. ---- calma kai, vai ficar tudo bem. ---- Chris me contém, me abraçando com força --- isso me faz se lembra dos meus primeiros dias no hospital psiquiátrico. Chris sempre esteve lá para mim. Ele era meu porto seguro em dias ruins e eu era o seu.

---- como pude deixar, eles machucarem ela---- lagrima sem permissão, começa a rolar pelo meu rosto

---- vai ficar tudo bem --- ele me aperta com mais força --- eles vão pagar pelo que fizeram. Toda dor que ela está sentindo no momento, vamos fazê-los sentirem em dobro. Mas agora você precisa se recompor --- ele segura meu rosto, olhando em meus olhos ---- mete a bala em todo mundo depois, agora a sua garota precisa de você.

Chacoalho a cabeça concordando. Então sigo cambaleando até o banheiro. Entro no box e ligo o chuveiro, não fazendo questão de tirar a roupa. Apenas deixo que a água gelada traga alguma paz.

Depois de longos minuto, o médico finalmente sai do quarto

--- e então doutor. Ela vai ficar bem? ---- pergunto tentando manter a calma

---- bom, além dos hematomas, ela fraturou a costela. vai precisar ficar em repouso absoluto. Ela teve sorte, poderia ter sido bem pior, ela conseguiu se proteger bem com os braços. Vou passar a lista de medicamentos, desde que os tome, vai melhorar logo

---- por favor doutor me siga, vou fazer o pagamento --- Chris fala, indicando o caminho do escritório

Retomo o ar, antes de abri a porta do quarto. Mel já está consciente. Seu rosto, esta roxo e seu lábio cortado. No momento que ela me vê, tenta se sentar na cama, mas pela sua expressão a dor está quase insuportável --- não ---- a interrompo --- você precisa descansar. Fica deitada --- me aproximo na cama, sentando-se ao lado dela ---- eu sinto muito---- levo a mão ao meu rosto ---- se eu tivesse ido com você

----- Para, a culpa não foi sua --- ela fala com uma voz cansada

Encaro seus lindos olhos verdes --- o que você quer que eu faça, para se sentir melhor. Eu faço qualquer coisa. Quer que eu os mate agora mesmo? ---- falo me levantando. Eu poderia eu ir até meu arsenal de armas, para mim seria facial invadir a casa de qualquer um dos dois, e matá-los enquanto dormem. Não seria a primeira vez que faria algo do tipo.

Ela segura a minha mão me puxando --- só fica comigo, por favor ---- ouvir aquelas palavras, me dá um na garganta. Eu amo tanto essa mulher, que chega doer. Eu a amo, desde o primeiro dia que a vi. Deito-me ao seu lado na cama, ela me abraça, afundando sua cabeça em meu peito. Apenas fico ali, fazendo cafune em seus cabelos, até que pegue no sono

Louco Por Você +18 Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon