023. the beginning of the end

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Sabina Hidalgo

Perfeita, essa era a única palavra que definia minha vida nos últimos meses. Eu estava vivendo tudo que eu sempre sonhei, com a pessoa que eu amei a minha vida inteira. É impossível, e incrivelmente inevitável, pensar em Any, e não dar o meu melhor sorriso. Quando nos conhecemos, eu nunca imaginei que ela se tornaria tudo para mim. Ela sempre foi a melhor parte do meu dia, e mesmo quando estávamos longe, ela conseguiu me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Any me fazia pensar em casar, ter 2 filhos, mais 1 cachorro e, uma lua de mel sem fim.

Uma vida inteira, era pouco demais para viver com ela.

—Joalin: Sabina, o senhor Martínez está te esperando na sala de reunião. — Ela fechou a porta com os pés, e veio na minha direção segurando algumas pastas. —fiz uma análise dos contratos antigos, para você dar uma olhada antes de assinar com eles outra vez.

—Os números são tão ruins?

—Joalin: Péssimos na verdade.

—Quero ouvir a proposta dele, antes de recusar.

—Joalin: Deixei tudo pronto para reunião, vou apenas pegar seu café e já levo para você.

—Ótimo, obrigada Joalin. — Ela sorriu, e saiu da sala me deixando sozinha outra vez.

Suspirei cansada, e me levantei enquanto pegava as pastas de cima da mesa. Caminhei em direção a porta, mais antes que eu saísse, meu celular tocou. Eu já estava um pouco atrasada, e não podia deixar um investidor esperando por muito tempo, mas mesmo assim eu atendi.

—Alô?

—Ale: Saby?! Hija. — Sua voz de choro, e os soluços que ela deixou escapar, fez meu corpo inteiro entrar em alerta.

—Mãe, o que aconteceu? Por que você está chorando? — Ela continuou chorando, e não disse nada. —Mami, por favor diga alguma coisa.

—Ale: Seu pai. — Ela sussurrou.

—Onde você está mãe? Cadê o papai? — Minha voz quase não saiu, era um sussurro quase que inexistente, eu estava com medo de ouvir sua resposta.

—Ale: Eu estou no hospital, não estão me deixando vê-lo.

Meu coração estava batendo rápido, eu não estava conseguindo respirar, e todo meu corpo estava tremendo.

Outra vez não, por favor.

Larguei as pastas no chão, e saí da minha sala correndo, enquanto ouvia minha mãe chamando meu nome. Todos da recepção me olharam meio assustados, mais tudo que eu fiz foi ignorar e sair logo dali. Eu queria chorar, mais não podia fazer isso agora.

—Andrew: Algum problema, senhorita Hidalgo?

—Cadê o meu carro?

—Andrew: A senhorita pediu para mandar lavar, ainda não está pronto.

—Droga, droga, droga! — Respirei fundo, já sentindo meus olhos começarem a se encher de lágrimas. —Você está de carro?

—Andrew: Estou, mais... — O interrompi.

—Me dá a chave. — Estendi a mão em sua direção. —Por favor, eu vou te devolver assim que possível.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Where stories live. Discover now