009. the biggest crazy

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Any Gabrielly
SÃO PAULO, BRASIL.

—Você disse que não ia rir.

—Sabina: Você também riu.

—Porque você riu!

—Sabina: Eu não parei de rir porque você estava rindo.

Ficamos nos olhando por longos segundos em silêncio, até cairmos na risada outra vez.

Rir 5 minutos com ela, é como se todos os meus problemas deixassem de existir.

Todos já erraram comigo, todos conseguiram me machucar, me fizeram chorar, enquanto a única coisa que ela me fez sentir nesses últimos 6 anos sem ela, foi saudade. Mesmo de longe, Sabina sempre esteve comigo, mesmo sem falar, e a ver, ela sempre foi a melhor parte de mim. Ela me fez feliz quando a vida fez tudo para me ver triste.

—Sabina: Cuidado com os chifres quando for passar pela porta.

—Você me odeia.

—Sabina: Odeio te amar tanto. — Ela parou de rir, e me encarou enquanto sorria. —Prefiro rir, para não pegar um avião e ir até aí matar esse filho da puta.

Obrigada, por tudo. — Ela me olhou um pouco confusa. —Você é a melhor coisa que aconteceu comigo, desde o dia em que a gente se conheceu.

—Sabina: Eu queria poder abraçar você agora.

...

Eu estava terminando de arrumar o cabelo, para poder me maquiar. Hoje é o dia de receber meu diploma, e finalmente poder ser reconhecida como advogada Soares.

Parte de mim estava pulando de alegria, já a outra, se esforçando ao máximo para deixar para chorar só quando a festa acabasse. Minha vida é a maior montanha russa do mundo, quando eu penso que estou por cima, ela sempre me coloca em baixo, e eu apenas aprendi a conviver com isso. Ninguém vai na minha formatura, todas as pessoas no mundo que são importantes para mim, não vão poder estar comigo em um dos dias mais importantes da minha vida.

—Silvio: Any?! — Olhei para porta quando ouvi as batidas.

Já fazia muito dias que eu nem ao menos o olhava. Estava fugindo do meu pai, e por mais errado que aquilo parecesse, me fazia bem ficar longe dele.

—Pode entrar. — Suspirei, quando ele bateu com mais força dessa vez.

Eu não queria olhar para ele, eu não queria nem que ele estivesse tão próximo assim. Pelo reflexo do espelho o vi sentado na ponta da minha cama, enquanto me encarava.

—Silvio: Quero conversar com você. — Não respondi. —Olhe para mim por favor.

Me virei devagar, e o encararei ainda sem falar nada.

—Silvio: Acabei de pagar a última mensalidade da sua faculdade, e fiquei sabendo que você passou com a maior nota da turma.

—Essa era minha obrigação como aluna.

—Silvio: Quero que saiba que estou orgulhoso de você.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Where stories live. Discover now