𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆

012. I also need you

Any Gabrielly

Não consigo explicar tudo que sinto quando estou tão perto assim dela, eu tentei tanto fugir disso, mais parece que esse imã entre nós duas me leva cada vez mais a ela. Tenho medo disso acabar estragando nossa amizade, porque não conseguiria mais  viver sem ela.

Todos esses 6 anos sem Sabina, me fez pensar que ela tinha se afastado por causa daquele maldito bilhete que eu nunca respondi, por medo de realmente sentir algo por ela que não fosse amizade. A maior parte da minha vida eu enxerguei ela como o alguém que eu não saberia viver sem, já que ela sempre foi tudo para mim.

Sabina sempre me tratou de um jeito especial, sempre cuidou de mim, e esteve ao meu lado nos momentos que eu mais precisei dela.

Eu amo ela, amo ela porque ela me ensinou o verdadeiro significado de amar alguém.

—Ainda está queimando? — Perguntei com a voz baixa, enquanto ainda nos olhávamos.

—Sabina: Tá quente, muito quente. — Ela sussurrou com os olhos quase fechados.

Acho que ela não está falando mais da pimenta.

Forcei um sorriso pequeno, suspirei, e deixei um beijo demorado em sua bochecha antes de me afastar.

Queríamos a mesma coisa, mais não estávamos pensando nas consequências do que viria depois. Eu queria aquilo, o tanto quanto ela, mais não podíamos.

Prefiro nunca mais beija-lá, do que perder a conexão que temos.

—Sabina: Acho que vou no banheiro, perdi a fome. — Ela falou se levantando, e sem esperar que eu falasse algo saiu.

Parece que quanto mais tempo passa, essa situação fica mais difícil de lidar.

Nunca conversamos quando isso acontecem, simplesmente fugimos, ou esquecemos que aconteceu. E esse, é o único motivo por nunca falamos sobre o que sentimos. Sempre conversarmos sobre tudo, mais é como se esse assunto fosse algo proibido entre nós. Eu só não quero perder ela, isso é a única coisa que eu acho que a Any não aguentaria.

—Garçom: Sua namorada está bem senhorita?

—Namorada?! — Olhei meio confusa para ele.

—Garçom: Me desculpe, eu achei... — Eu o interrompi.

—Ela está bem, não sei preocupe. Pode fechar a conta para mim, por favor?

—Garçom: Claro, com licença.

Fiquei ali por vários minutos em silêncio, até Sabina voltar. Assim que ela se sentou ao meu lado, eu a olhei, e ela se virou para mim com os olhos arregalados.

—O que você fez?

—Sabina: Acho melhor irmos embora. — Vi sua bochecha começar a ficar vermelha.

—O que você fez?

—Sabina: Acho que entrei no banheiro errado. — Ela sussurrou meio sem jeito. —Nunca vi tanto pinto mucho na minha vida. Ew! — Acabei rindo da sua cara, e ela sorriu sem graça.