008. betrayals

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Any Gabrielly
SÃO PAULO, BRASIL.

Desci a escada correndo, enquanto tentava vestir o caso e segurar a mochila sem sair rolando pelos degraus. Me aproximei com pressa de clara, que estava servindo o café, e a abracei fazendo todos que estavam setados na mesa me encarar sem entender.

—Clara: Bom dia menina.

—Me deseje boa sorte, te amo. — Beijei sua bochecha, e sorriamos uma para outra.

—Clara: Boa sorte querida. — A abracei outra vez, e dei as costas para sair.

—Silvio: Any! — Ouvi a voz do meu pai gritar meu nome, e fechei a porta da frente antes de sair correndo para o carro.

Eu estava atrasada, mais esse nem é o motivo do porque eu estou evitando meu pai. Preciso da Any hoje, da coragem e da determinação dela. Eu preciso acender um pouco a luz que se apagou dentro de mim a um tempo, e falar ou olhar para o para ele agora, tiraria qualquer chance que eu tenho.

Ontem eu fiquei horas conversando com Sabina, e mais uma vez ela dormia enquanto tentava me ajudar a estudar. Eu acordei hoje com a cara afogada nos livros, e com o despertar tocando pela terceira vez.

Minha única certeza agora, é que eu preciso passar. Por tudo que vem acontecendo, eu preciso que algo bom aconteça comigo, eu preciso ter um novo motivo para sorrir sem querer chorar. Eu preciso passar, porque ainda tem uma pessoa que acredita em mim.

—Bom dia senhorita Soares, está atrasada. — A professora me olhou enquanto entregava as provas.

—Me desculpa.

—Se sente no seu lugar sem fazer barulho, por favor.

Caminhei até onde eu costumava me sentar, e tirei minha caneta da mochila. Quando eu estava prestes a fechar o zíper, meu celular vibrou. Eu olhei primeiro para professora, e ela ainda estava longe de mim, do outro lado da sala, então eu peguei para ver.

-Carinõ 💕

Eu acredito em você, te amo. | 7:43 |

—Me dá seu celular, Any. — Me assustei com a professora estendendo a mão na minha frente, e desliguei o celular antes de entregar em sua mão.

Quando ela me entregou a folha, eu coloquei meu nome na capa, e respirei fundo antes de abrir o pequeno bloco de questões.

Ela acredita em mim.

E com esse pensamento, aos poucos um sorriso foi crescendo no meu rosto. Eu nem tinha lido a primeira pergunta ainda, eu nem sabia se meu cérebro iria conseguir achar uma resposta para todas as questões, eu só sabia que independente de qualquer coisa, ela acredita em mim.

É ela quem me faz sorrir, quando eu estou prestes a chorar.

...

Sua chamada está sendo encaminhada para caixa postal.

Eu estava prestes a me jogar de um penhascos, e todo mundo no planeta terra resolveu desligar o celular. O resultado da prova saiu tem algumas horas, mais eu simplesmente não tenho coragem de olhar. Eu não quero decepcionar ninguém, mais parece que isso é um dom. Essa prova pode mudar minha vida, ou acabar com qualquer expectativa que eu tenho de mudar ela para melhor.

𝗱𝗼 𝗻𝗼𝘁 𝗹𝗲𝗮𝘃𝗲 𝗺𝗲 - 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮𝗻𝘆 Where stories live. Discover now