Capítulo 40: eu te amo!

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Com o que vem a seguir, prendo a respiração por completo. Acho que nunca senti tanto medo quanto estou sentindo agora.

O meu mundo não desabou quando a tempestade começou a cair do céu escuro, mas sim quando eu ouvi o disparo de um tiro seguido pelo tombamento da carruagem onde a minha mulher está.

— Carolina! — grito de maneira desesperada.

Apeio do meu cavalo e as minhas botas fincam ao chão cheio de barro. Tento correr sem escorregar, mas ao me aproximar da carruagem percebo que a porta está emperrada. Resolvo subir em cima dela e tentar puxar a porta, olho pela fresta da janela aberta e vejo Carolina desacordada e com sangue pela cabeça. Um novo desespero começa a me afligir, faço ainda mais força e enfim consigo puxar a porta e abri-la.

— Carolina! — grito, ao pular para dentro com cautela para não pisar nela, mas ela não me responde.

Toco a sua pele fria e checo se ela ainda está respirando, mas a minha mão treme e reluta pelo medo. Suspiro profundamente e aproximo o meu dedo indicador do seu nariz e somente solto o ar quando vejo que ela respira fracamente.

Com muito esforço e cuidado, coloco o corpo dela desfalecido sobre os meus ombros e tento sair, mas a água da chuva inundou a parte inferior da carruagem e está dificultando os meus passos.

Quando percebo Ian, Jasper e Christian surgem pela porta e alcançam as mãos para tira-la daqui. Observo enquanto o corpo dela é removido de dentro do compartimento da carruagem.

Assim que garanto que ela está momentaneamente fora de perigo, desço o olhar para o casal caído ao fundo.

Seus rostos tensos e sangram um pouco pelo acidente. Entro em um dilema se devo salvá-los ou não. Apesar de ser a mãe de Carolina, ainda sim, é uma mulher que nunca soube estender a mão para alguém que precisava. Principalmente para a minha mulher, sempre deixou Carol nas piores situações e ainda a jogou sobre a cova dos leões sem piedade.

Meu senso de honra me corrói por completo, mas o meu egoísmo vence.

— Você nunca estendeu a mão para a minha mulher e hoje provará do seu próprio veneno.

Então, noto o homem caído no outro lado e em um instinto movido pela raiva chuto os seus países baixos.

— Isso é para pensar mil vezes antes de tocar na minha esposa, verme! — cuspo nele.

Dito tudo que era necessário, pulo para fora e avisto Carolina deitada ao chão e os três homens ajoelhados ao seu lado. A chuva recai sobre nós, mas parece estar diminuindo a intensidade.

— Ela parece estar machucada, mas não creio que esteja correndo risco de vida. — Christian constata e eu fico aliviado.

Eles me dão espaço e eu me ajoelho ao lado dela, deito sua cabeça sobre as minhas pernas e solto um suspiro dolorido ao vê-la nessas condições. Prometemos um ao outro que ficaríamos sempre juntos, descumprimos e olhe só onde chegamos.

Noto que os seus machucados estão na lateral da cabeça e há um corte superficial no pescoço, o seu braço parece estar ferido. Toco a sua bochecha e a acaricio com leveza enquanto a chuva diminui para uma garoa.

Carolina enfim começa a se mexer com leveza e a minha atenção segue totalmente voltada para ela.

Quando ela abre os olhos a minha respiração se torna entrecortada, envolvida pelo medo e alívio.

Seus olhos me encontram e o seu alívio ao me ver é demonstrado quando ela me puxa para um abraço desajeitado.

— Alexander, eu senti tanto medo dela machucar você. — sua voz sai em meio ao choro.

Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)Onde histórias criam vida. Descubra agora