TATE LANGDON | FINAL

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— Cade a chave do seu carro?

— N-no escritório... Pode levar, leve o que quiser! — falou desesperado.

— Não, a gente vai dar um passeio juntos. — direcionou com a arma o corredor que dava acesso ao escritório deste.

O homem prontamente obedeceu mantendo as mãos erguidas, estava se deliciando mais do que nunca com o desespero e com medo que brilhavam como uma áurea suja em volta do seu corpo.

Seguindo todos os seus passos, ele pegou as chaves no escritório e foi escoltado por você até o estacionamento da instituição, lá você o obrigou a entrar no banco do motorista e em seguida entrou no do passageiro. Mantendo sempre a arma apontada para este, você olhou diretamente para ele e ordenou:

— Dirige.

— Pra onde? — perguntou amendrontado e confuso.

— Eu te dou as direções — explicou e em seguida proferiu impaciente:  —; anda logo, porra!

— Tá! tá, tá... — falou com desespero e rapidamente ele colocou a chave na ignição.

Com a arma apontada na têmpora, ele dirigiu obedientemente pelas ruas sendo direcionado por você, que em nem nenhum momento desviou o olhar para as ruas por já ter decorado todo o caminho e o tempo que levava para chegar a cada rua e avenida. Assim que o homem estacionou na frente do prédio e a luz da fachada iluminou ambos, você ordenou que ele saísse e assim ele o fez.

Algumas pessoas que passavam pela avenida naquele momento olharam com estranheza para a cena que presenciaram na calçada, mas logo resolveram ignorar por pensar ser alguma brincadeira de Halloween.

— Se você gritar, eu juro que te mato aqui mesmo. — Aquilo soou mais como uma promessa do que com uma ameaça.

Rapidamente o homem balançou a cabeça demonstrando que havia entendido, pressionou a arma no meio das costas dele, indicando para que ele entrasse.

Entraram no hall e foram tomados pela iluminação sutilmente amarelada, o carpete vermelho e gasto tornavam os passos silenciosos e quase macios. Mantendo as mãos na altura dos ombros, o homem tinha uma expressão confusa e temida em seu rosto. Ao se aproximarem da recepção, você virou o rosto para captar a figura feminina e elegante de Liz, que estava com seus costumeiros óculos de leitura e em suas mãos havia um exemplar de Hamlet, as unhas pintadas com um esmalte vinho e a maquiagem que sempre estava impecável em seu rosto.

Ela pareceu notar a presença de ambos ali e desviou os olhos de sua leitura, expressou naturalidade ao presenciar aquela cena, mantendo sua postura elegante.

— Olá, Liz — cumprimentou você com uma entonação simples. — Continua linda como sempre.

A mulher esboçou um sorriso requintado para você.

— Boa noite, querida. Agradeço pelas palavras, e você... Continua assustadora, como sempre — elogiou com seu tom aveludado e carregado de feminilidade.

Soltou um riso baixo com a fala da sua amiga.

— Liberado pra subir?

— Pra você? Sempre — consentiu com um sorriso cúmplice.

Sem mais delongas, você voltou a pressionar a arma nas costas do homem que, automaticamente começou a caminhar, pequenos suspiros alterados eram emitidos por ele enquanto ambos entravam no elevador. Quando ameaçou olhá-lo, você percebeu que várias lágrimas de puro temor escorria pelo seu rosto; aquela imagem fez com que um sorriso satisfatório surgisse em seu rosto por debaixo daquela máscara inexpressiva.

IMAGINES • AHSWhere stories live. Discover now