TATE LANGDON | PART IV

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— Parece que o mau humor de alguém desapareceu — brincou pegando uma mecha de cabelo dele e enrolou em seu dedo para moldar o cacho deste.

— Você tem esse efeito sobre mim.

— Isso é bom, vou usar muito isso ao meu favor — brincou novamente e roçou seu nariz no dele.

— Você é muito sapequinha. Acho que vou precisar te educar — sussurrou no seu ouvido.

Sua voz saiu grave e com sua entonação carregada de duplo sentido. Antes de se afastar, o garoto deixou um beijo rápido no seu pescoço — que estremeceu e encolheu minimamente por ser um ato inexperado. Tate te olhou com um sorriso safado no rosto.

Um sorriso torto — sem graça — se estampou no seu rosto na mesma medida que este esquentou subitamente pela timidez que te tomou. Todas as vezes que Tate dizia qualquer coisa com duplo sentido ou com direcionamento direto para o sexual você ficava assim, não conseguia lidar de forma tão natural quando o assunto era sexo; sentia sempre uma vergonha imensurável te consumir como se tivesse vontade de desaparecer do local ou até mesmo fingir que não tinha escutado.

O relacionamento de vocês era recente, não havia completado nem dois meses; ainda assim você se cobrava internamente para ser mais íntima de Tate, nunca passaram dos beijos e carícias pelo fato de você sempre interromper o momento antes que as coisas saíssem do controle. Tinha medo do que poderia acontecer, mas era um medo fora do comum que até você estranhava todo o seu tabu relacionado à sexo, ademais seus pais haviam te orientado desde que completou seus quinze anos de como as coisas funcionavam e de como você deveria se prevenir não só para evitar uma gravidez indesejada, mas também doenças que poderiam te marcar para o resto da vida. Sua mãe sempre fora uma mulher aberta e lhe disse que não era um bicho de sete cabeças perder a virgindade, mas que você deveria ter uma convicta certeza do momento que estivesse pronta para não ocasionar arrependimentos futuros.

— Você anda muito assanhado — respondeu um pouco desestabilizada tentando transparecer naturalidade. — Acho que não anda se masturbando o suficiente.

O loiro arregalou os olhos por ter sido pego de surpresa com suas palavras, porém aquela expressão durou pouco e um sorriso sacana surgiu espontaneamente nos seus lábios.

— Eu me masturbo todos os dias pensando em você — ele assume descaradamente. — Se isso não é o suficiente, talvez você devesse me ajudar com meu problema.

Aspirou o ar para dentro baqueada com a confissão de Tate.

— Beleza, você venceu. — Se rendeu levantando as mãos na altura dos ombros.

Ele gargalhou com sua reação enquanto te observava levantar do chão.

— Eu só me defendi — ele diz simplista enquanto te acompanhava. — Ursinha... — ele te chama carinhosamente e te abraça por trás gentilmente. — Sem pressão, eu vou esperar o quanto for necessário — completou como se estivesse lendo seus pensamentos.

Soltando um suspiro, você se virou ficando de frente para ele e o olhou nos olhos.

— Obrigada.

— Não precisa me agradecer por não ser babaca, é o mínimo, não é? — perguntou com um sorriso no rosto.

— Faz sentido — disse em meio a um riso pequeno enquanto afirmava positivamente com a cabeça.

O loiro soltou um suspiro antes de dizer:

— Agora é melhor a gente dormir, já tá bem tarde — ele sugere. — Amanhã a gente precisa acordar cedo.

— Tá bom — disse baixo com um sorriso no rosto.

IMAGINES • AHSWhere stories live. Discover now