Capítulo 3

49 3 7
                                    

Dul: Tudo bem aí? – Aperto a mandíbula contra a queimação, sentindo-a aquecer meu corpo conforme alcança o estômago.

Ucker: Só meio distraído. Agora sou eu.

Dul: Então tá... Vamos tomar outro! – Ela serve mais dois shots e me passa um. Sei que isso não vai ajudar mesmo. Vou ficar sóbrio amanhã, ou talvez depois de amanhã, e os controles do barco ainda vão estar pifados, e todo o nosso maldito ganha-pão ainda estará tão em risco quanto agora. Mas, saco, realmente queria poder esquecer isso por um momento. Seguro o corpo, olho para o líquido claro antes de me inclinar para ela, meus lábios quase tocando a volta da sua orelha.

Ucker: Você e eu sabemos que a última vez que bebemos tequila juntos não terminou muito bem.

Dul: É verdade – ela diz, afastando-se apenas o bastante para olhar nos meus olhos. – Mas não tem nenhuma capela 24 horas nas redondezas atendida por algum idiota descuidado o bastante para casar nós dois. Então, acho que estamos seguros. - Ponto para ela. Dulce entorna o copo e estremece. – Aaaah... Acho que não aguento mais. – Ela levanta as mãos e finge contar mais ou menos trinta shots, então sorri para mim. – Mais um e vou mergulhar de cara naquela tigela de salgadinhos que a London tanto adora. Dulce pode ter perdido a conta, mas eu não.

Quatro shots no curto tempo que passei na cozinha com ela e – tirando Las Vegas – estou bêbado pela primeira vez em anos. Pareceu até que ele desaparecera por uma hora, mas Não-Joe volta rodeado por uma nuvem com cheiro de maconha. Conforme se aproxima, estende a mão para mim, falando muito devagar:

xxx: Sou o Não-Joe... prazer em conhecer. - Rindo, eu digo:

Ucker: A gente se encontrou mais cedo na loja, quando o Oliver estava dando a última checada. - Não-Joe emite um pequeno cacarejo, dizendo:

xxx: É por isso que você me parece familiar. Isso foi há três horas. - Esse cara não deve nem respirar se não for através de um baseado. – Você é o lenhador da Nova Escócia?

Ucker: O pescador de Vancouver Island. - Dulce explode numa gargalhada.

Dul: Pobre Christopher.

xxx: Então vocês dois se conhecem através do Oliver também?

Dul: Não exatamente – ela responde, e então olha para mim com um sorriso bobo. – Christopher é meu ex-marido. - Os olhos de Não-Joe ficam do tamanho de dois pratos.

xxx: Ex-marido? - Balançando a cabeça, confirmo:

Ucker: Isso mesmo. - O garoto olha para ela, e então olha mesmo. Olhos subindo e descendo pelo corpo dela de um jeito que me faz querer esbofeteá-lo para trazê-lo de volta à consciência e parar de comê-la com os olhos desse jeito.

xxx: Você não parece velha o suficiente para já ser divorciada – por fim, ele conclui. Inclino-me para a frente para arrancar sua atenção dos peitos dela e pergunto:

Ucker: Mas eu sou? - Agora ele olha para mim, no entanto com muito menor interesse.

xxx: É, realmente. Você é mais velho que ela, certo?

Ucker: Certo – Não-Joe enfia a mão dentro de um saco de salgadinho de milho em cima do balcão, perguntando:

xxx: Deve ser esquisito ir a uma festa junto com o ex. - Ela o interrompe com um aceno de mão:

Dul: Não, Christopher é um cara tranquilo.

Ucker: Sou? – pergunto a ela, e isso me faz rir, porque se existe alguma expressão para me descrever, não é tranquilo. Tranquilo é o Ansel. Eu normalmente sou "contido". E, admito, às vezes um pouco desligado. Não sou tranquilo. Concordando, ela me estuda pelo intervalo de um suspiro e então diz:

No sé si es AmorWhere stories live. Discover now