Pista 13: El capo

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— Deve ter ficado com saudade, só isso. Eu também fiquei com saudade de mimar ela, quase esqueci que suas perguntas são irritantes. — O alfa sorriu ladino, ajeitando o ar-condicionado.

— O mais esquisito é que eu não estou usando perfume... 

Jungkook arregalou os olhos na mesma hora. Ao tentar ligar a seta para sair, acabou apertando a buzina, chamando a atenção dos seguranças, que logo se aproximaram para verificar o que estava acontecendo.

— Ai que susto! — Jimin praguejou, colocando a mão no peito. 

— Está tudo bem, senhores? Precisam de algo? — Um dos homens disse, avaliando com cuidado. 

— Está tudo bem, eu apertei o botão errado. — O alfa balançou a mão no ar, despreocupado. — Vamos ficar fora por mais ou menos duas horas. Caso eles peçam algo para comer, verifiquem tudo antes de entrar. E o mais importante... — A pausa fez o homem se aproximar mais, temeroso. — Se Haru precisar dar comida para o Jake, o saco está na dispensa. Ela tem medo de ir lá porque é escuro, e Yoongi também. — Deu a ordem final, vendo o homem respirar um pouco mais aliviado.

— Certo, senhor. Cuidaremos de tudo até voltarem. — Concordou por fim, vendo o veículo sair devagar.

— Por que você ficou nervoso quando eu falei da alfinha? Não me diga que... É um sinal da puberdade? Ela sentiu meu cheiro? — A expressão do ômega foi de cenho franzido para surpresa genuína.

— Me recuso a acreditar. — O alfa resmungou sério, de olho na estrada.

— Você tem que parar de super proteger ela assim, já já ela vai começar a namorar, e... 

— Olha quem fala, você põe ela na cadeirinha. — Rebateu depressa. 

— Ela é magrinha, tenho medo que se machuque... — O argumento não fez efeito contra o marido. — Ok, vou deixar ela andar na frente. Mas você tem que deixar ela namorar um dia.

— Só por cima do meu cadáver no quinto dos inferno. — O alfa Provenzano trincou o maxilar.

Jimin pensou em responder algo, mas ao olhar de soslaio para o marido, entendeu que seria melhor segurar a risada e deixá-lo se martirizar sozinho com os futuros namoricos da sua pequena alfinha. Mas, ambos concordavam que estavam protegendo ela demais, e talvez, aos poucos, fosse melhor deixar ela lidar com as situações sozinha.

O casal chegou no palácio poucos minutos depois. As luzes amarelas acesas em volta lhe davam um ar de castelo moderno, aconchegante e misterioso. Deixaram as chaves do seu Rolls-Royce Ghost Black Badge com os capangas antes de entrarem, curiosos para entender porque a música estava tão alta.

— Que bom que já chegaram. O chefe está esperando vocês no pátio, vamos. — Hoseok os recepcionou, com um copo de whisky na mão. —  Como está, Jimin? Jungkook parou de chorar ou...

— Eu vou arrancar as suas bolas fora. — O alfa logo resmungou, querendo cortar a parte em que ele dramaticamente chorou na frente do médico da máfia. Paolo riu.

— Eu estou bem. Meus pontos fecharam, os sintomas dos hormônios diminuíram e consegui passar o cio muito bem. Jungkook sempre dá conta do recado. — Deu uma piscadinha, fazendo o médico suspirar.

— Queria ter essa sorte. O alfa com quem eu saí achou que eu era um agiota. — suspirou, abrindo a porta que dava para o pátio.

— E qual o problema disso? Ele brochou? — O ômega perguntou curioso, antes de ir cumprimentar o chefe.

— Ele tinha fetiche em apanhar, me pediu para encenar cobrando uma dívida dele. — A confissão fez o alfa rir baixinho. — Seokjin está ali. — Apontou para próximo a fogueira. — Agora se me derem licença, vou tomar um porre.

SENTENÇA DE MORTE • jikook 🐺 ABOWhere stories live. Discover now