Arruinado por Jungkook

06 - Corpo e anima

Aoooiii voltei, nada como uma atualização sexta a noite para a gente dormir em paz, né? Kkk

Saudades? Creio que sim :)

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Boa leitura ❤️

Meu pior.

Jungkook falava como se eu realmente fosse alguém poderoso e que podia fazer coisas inimagináveis, porém eu era o pior tipo de covarde. Aquele que prefere morrer do que enfrentar a dor, que sempre busca o caminho fácil para se livrar do sofrimento.

Onde estava o poder aí? O que tinha de tão poderoso em fugir como um rato?

Naquele dia no meu quarto, ele me deixou depois de plantar essa semente na minha cabeça, onde eu procurava os atos grandiosos que o maior tanto falava... porém eu só via desespero e medo. Um ato impensado e covarde como um último suspiro de esperança.

Speranza.

Uma palavra que sumiu da minha mente e eu me agarrei em seu último suspiro, porém o casamento era no dia seguinte e novamente aquela fagulha em meu peito havia sido pisada brutalmente restando só o desejo impensável de sobrevivência.

Mas... sobreviver a o que? Quem? Até quando?

Era extremamente sufocante, eu estava perdido sem conseguir imaginar meu futuro, com medo do que viria e do desconhecido.

Eu já não estava mais no meu quarto na mansão Giacomo e sim em um quarto luxuoso de hotel perto da catedral, meu terno estava em um manequim bem cuidado e pronto para que eu o vestisse. Marco não falou muito comigo, apenas as mesmas coisas de sempre.

Seja submisso.

Sempre escute do Don.

Nunca discorde dele.

Seja educado.

Meus olhos quase pularam para dentro da minha cabeça de tanto que eu ouvia aquelas frases, segurei meus comentários sarcásticos sabendo perfeitamente que qualquer sinal de insolência podia acarretar em uma punição. Marco sempre foi muito distante e quieto, mas isso não significa que ele gostava de mim ou da situação em que me meti, eu tinha uma dívida com ele querendo ou não.

Ele me acolheu e me sustentou mesmo quando haviam diversas opções, eu poderia ser jogado em um bordel e servido como agrado para os soldados, ainda assim fui tratado com dignidade.

Olhei para minhas unhas segurando a vontade de roer cada uma, enquanto me afundava em pensamentos intrusivos a porta foi aberta, Marco entrou acompanhado do homem que estava no meu funeral, os dois se sentaram na pequena sala da suíte enquanto eu continuava sentado na cama.