Capítulo 29: um atentado de morte.

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— Apenas estou averiguando a situação. — ele diz de maneira calma.

Me levanto e espalmo as mãos na mesa, inclino o meu corpo na direção do homem de meia idade e digo de maneira ameaçadora.

— Direi apenas uma vez! Você é médico e não investigador! Não invente de mudar de profissão neste instante, eu quero ver aquele homem acamado levantar daquela merda de cama, portanto, pare de me provocar ou eu lhe tirarei daqui a ponta pés!

— A senhora não teria coragem!

— Ah, não? Pois saiba que eu não faria só isso, mas em nome do meu pai, o marquês de Brighton, eu lhe difamaria nos melhores jornais e tabloides de Londres! No final, o seu nome não valeria nem mais que um xelim!

— Não ouse!

— Então me de o veredito da situação do meu marido!

Ele bufa, mas pareço convence-lo. Ele joga a planilha na minha direção, tento ler, mas a sua letra é péssima.

— O que está escrito aqui?

— Sra. Jones, estou suspeitando que o seu marido sofreu um atentado de morte.

Meus lábios se abrem pelo choque, depois engulo em seguida e me deixo cair em cima da cadeira. Volto a olhar para o homem que está na minha frente, me esforço para conseguir falar algo.

— C-c-como?

— Envenenamento.

— Qual veneno? — minha respiração se intensifica.

— Estou com algumas suspeitas, mas se ele vomitou logo após chegar, talvez não tenha risco de vida.

— Talvez? — entreabro os lábios pela respiração ofegante.

— Está tudo bem? — assinto, levando a mão ao peito — Vou pedir que tragam um copo de água para que possa se acalmar.

— Eu não quero me acalmar! Quero a cabeça de quem tentou fazer mal a ele!

— Isso não irá ajudar, terá que manter a calma. Estava suspeitando da senhora, mas percebo que me enganei e por isso peço perdão.

— Isso não importa! Quero saber qual foi o veneno?

— Todos os sintomas indicam que ele ingeriu beladona.

— Beladona?!

— Sim. Como eu disse antes, se ele vomitou assim que chegou em casa, pode ter vomitado boa parte do veneno e por assim, a sua morte não é um risco, talvez haja alguma sequela, mas ele ficará bem.

— Existe algum antídoto?

— Infelizmente não, mas podemos dar a ele carvão ativado.

— Para que serve, doutor?

— O carvão ativado adsorve a toxina, por assim, evitando que o sistema digestório absorva essa substancia prejudicial. Pode ajudar na desintoxicação, não remove o veneno, mas irá aliviar.

— Então dê a ele. Rápido, doutor! — o médico levanta o nariz, como de quem não gostou, mas assente e segue para o quarto, ele pede licença para Ariela que se retira do cômodo.

O médico administra o carvão e mistura com água, ele tenta acordar Alexander e consegue, aproveita o tempo para faze-lo ingerir o que está no copo. Meu coração se aperta ao ver o quão frágil está, sua pele está tão pálida. O médico verifica os olhos dele, também sente a sua temperatura e logo vem para perto de mim.

— Ele está com as pupilas dilatadas e com muita febre, são mais sinais que estou certo na desconfiança. Alguém terá de ficar cuidando dele essa noite, pois o seu marido precisará de auxilio e qualquer coisa que precisarem eu moro a meia hora daqui. Quem ficará para que eu possa explicar a dosagem do carvão diluído na água?

Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)Where stories live. Discover now