10 | Dancing With Your Ghost

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Olá, queridos!

Não ia postar esse capítulo hoje, mas eu acabei de escrever a primeira cena camren de verdade, que vocês verão dentro de alguns capítulos, e eu tô muito feliz com o resultado, querendo que vocês possam ver logo. Por isso, decidi aparecer!

O capítulo não tem muito diálogo no início, é mais focado nas emoções e sentimentos da Camila, que são MUITO importantes pro desenvolvimeto. Então, peço que leiam com carinho, por mais que eu saiba que é meio chatinho ler coisa assim.

No final tem mais diálogo, prometo! E nos próximos capítulos também.
Qualquer erro, me perdoem, eu revisei, mas tava muito animado pra postar de uma vez, posso ter deixado passar algo.

No mais, um beijo e boa leitura!
Até breve!

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Holdin' on too tight, head up in the clouds
Heaven only knows where you are now
How do I love again?

How do I trust again?
Sasha Alex Sloan

Os raios de sol dançavam timidamente pelas cortinas entreabertas, pintando a face pálida de Camila com suavidade. Aquela luz, que há tanto tempo não encontrava seu rosto, era uma quebra da barreira dos limites do seu refúgio pessoal. Ela se acostumara com a escuridão reconfortante do quarto e a invasão de luz solar era desconcertante, quase como uma intrusão indesejada.

Ela piscou várias vezes ao entrar em seu quarto, o qual Lauren deixou completamente aberto, diferente da sala onde a deixara. Os olhos ainda habituados à penumbra, enquanto tentava assimilar a súbita mudança em seu ambiente. A luminescência dourada tingia suas feições, destacando os contornos suaves do rosto e trazendo uma aura de calor e vida, não só ao cômodo antes silencioso e sombriomas também àquela mulher. A sensação era estranha, como se o sol estivesse sussurrando segredos há muito esquecidos em seus ouvidos.

Com um suspiro hesitante, Camila ergueu a mão para coçar seus lumes, permitindo-se tentar acostumar com a claridade. Ela sentiu a brisa suave acariciar sua pele, como se estivesse despertando partes adormecidas de sua alma. No entanto, mesmo diante da tentadora promessa de um novo começo, a latina hesitava em deixar para trás a segurança de sua recente estabelecida rotina. Os raios solares conversavam com ela de forma dolorosa sobre as escolhas que precisava fazer.

Entretanto, mesmo em meio à seu dilema, Cabello não podia negar o poder transformador da luminosidade. Era como se cada feixe fosse uma mão estendida, oferecendo-lhe a chance de recomeçar, de encontrar um caminho através do breu que a envolvia. Ela sabia que não seria fácil, mas também sabia que não estava sozinha. Com um suspiro resignado, fechou os olhos por um momento, permitindo-se absorver a energia revitalizante da claridade.

Respirou fundo, tentando conter as lágrimas que ameaçavam transbordar a qualquer momento.

Ao adentrar, finalmente, o cômodo, seus olhos percorreram cada canto, cada móvel, como se estivessem tentando capturar fragmentos de lembranças que ali ainda residiam. O quarto estava impregnado com a presença de seu esposo, em cada fotografia, em cada livro na estante, em cada traço de sua personalidade que ali permanecia, imutável.

O coração dela se apertou ao lembrar dos momentos felizes que compartilharam naquele espaço sagrado. As risadas, as conversas profundas, os abraços reconfortantes que trocaram nos momentos de aflição. Cada objeto, cada detalhe trazia consigo uma memória vívida, um lampejo do amor que um dia compartilharam.

Ela se aproximou da cama, onde tantas noites se deitaram juntos, compartilhando sonhos e segredos. As lágrimas começaram a escorrer por suas bochechas, um testemunho silencioso da dor que ainda residia em seu coração. A saudade de Shawn era uma ferida aberta, que teimava em não cicatrizar, mesmo com o tempo, que se dizia curador, passando.

Never Be Alone [Camren]Where stories live. Discover now