LAÇADA PELO COWBOY

Capítulo 17

Olá, meninas!!
Q tal um presentinho de Páscoa!!
Aproveitem!!

Abbie 

Faltando alguns quilômetros para chegar, foi possível reconhecer as luzes do belo casarão iluminando a noite sem lua e naquele momento comecei a sentir o suor escorrer em minha nuca com a ansiedade fazendo palpitar meu coração.

Eu estava de volta, porém meu desejo era o de nunca ter voltado e se não fosse a insistência de Agnes eu teria ficado em Nova Iorque, aparecido somente no dia da cerimônia. Mas com ela irredutível em não comprar um vestido, somando suas crises de choros e ameaças de que o estresse estava fazendo mal ao bebê, e que tudo era culpa minha, não tive outra opção a não ser voltar.

Eu não queria ver Diego e estava usando o trabalho como desculpa. Não que não tivessem surgido inúmeros problemas na revista, e todos exigiam minha máxima atenção, mas ainda assim, mesmo à distância, eu tinha a capacidade para resolver cada um deles. Mas Diego... ele era um problema que eu não estava conseguindo solucionar, a bagunça de sentimentos que crescia em mim a cada vez que pensava nele, e isso era o tempo todo, estava por me deixar louca.

Com o passar dos dias, fui percebendo que a mágoa de ter sido traída logo em meu primeiro relacionamento estava me impedindo de viver. Eu sabia que Diego não estava a fim de relacionamento, eu também não, nem de relacionamentos nem de casos de uma noite, então eu não entendia o motivo de eu estar tão apavorada com o momento de voltar a vê-lo. Se nenhum de nós estava à procura de compromissos, bastava ignorar o que houve, fingir que nada aconteceu, era assim que funcionava. Esquecer e pronto.

Talvez não esquecer totalmente, o rancho tinha me conquistado completamente, para uma garota criada no asfalto duro e quente, que sempre acreditou que o leite vinha da caixinha e não da vaca... era como se de repente eu tivesse caído no túnel do coelho e chegado ao país das maravilhas.

A noite em que vi o desespero de Diego para salvar a vida de Magnífica e sua potrinha, a madrugada que passamos juntos admirando o nascer do sol, a noite que assistimos a beleza do luar nas montanhas. E o principal, nossa primeira vez. Esses momentos fariam parte das melhores lembranças que eu levaria comigo para sempre, mas que não se repetiriam.

Ouvindo Dylan se despedir do motorista que tinha nos trazido, eu olhei para a escada que dava para o apartamento de Diego tentando me decidir. Eu não queria ter que bater em sua porta, mas também não queria ouvir Agnes reclamando por seu vestido, àquela hora da noite.

Eu tinha voltado, mas ainda precisava de um tempo para mim, além do mais, Diego poderia estar acompanhado, ou estar com Alice, qualquer uma das opções deixariam as coisas mais estranhas do que já estavam.

— Bata de uma vez — apressou-me Dylan, ao me ver parada em frente à porta, indecisa. — Estou apertado para usar o banheiro.

— Espere — reclamei. — Estou preocupada de que ele esteja com alguém.

— Se está, porque não damos a volta e tocamos a campainha da casa principal, não precisamos passar pelo apartamento do ogro musculoso gostoso — revirei meus olhos, a única coisa que me faltava era começar a sentir ciúmes de Diego com Dylan.

Sem ter mais o que fazer, pois não me sentia preparada, percebi que nunca estaria e decidi ir em frente, dando golpes baixos contra a porta. Sem resposta, fiz uma nova tentativa.

— Diego?! — chamei-o num tom baixo. — Sou eu, Abigail.

— Abigail? — a porta se abriu, seus belos e incrédulos olhos negros se encontraram com os meus e em seguida fui puxada para dentro.

Ao ver-me diante de Diego foi que percebi o grande erro que havia cometido. Parado ali ele usava nada mais do que sua maldita cueca samba canção, que por mais que fosse folgada não conseguia esconder a forma do seu membro semi ereto sob ela.