Capítulo 9

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Cheguei!!
Bora lá ver o que esses dois andam aprontando??

Diego

Tinha sido uma noite pesada e estressante, entretanto, tudo saíra bem, Magnifica e sua potrinha tinham sido salvos, então não importava o cansaço, mas sim o resultado.

— Vamos? Ou pretende dormir aqui? — toquei o ombro da maluca, chamando-a.

Observando a CEO chiliquenta, tão envolvida em dar força e aconchego à minha égua, Magnífica e sua potrinha, cheguei a pensar que a garota estava possuída, sim, porque nada, nem ninguém no mundo, me faria acreditar que aquela era a mesma maluca, pois mesmo parecendo esgotada ela continuava massageando e mimando os dois animais.

Ela parecia tão envolvida que sequer parecia perceber que estava suja, descabelada, exibindo em seu fino pijama de seda, restos do líquido amniótico e feno. E o mais louco daquela visão era não a ouvir berrando feito a maluca que era, mas ao contrário, parecia genuinamente angustiada.

Recordei-me que poucas horas antes, ao vê-la entrar de forma furtiva no galpão da cavalariça, minha fúria por ela subiu a níveis estratosféricos, mas com Magnífica à beira da morte, ela merecia zero da minha atenção, a não ser que começasse a berrar histérica, e eu fosse obrigado a retirá-la dali pelos cabelos.

— Tem certeza de que podemos ir? — inquiriu-me, e pude ver a vermelhidão manchando seus belos olhos azuis. — Elas ficarão bem?

— Sim — ajudei-a a se levantar. — Eu jamais a deixaria caso não tivesse certeza.

Despedi-me de Dan e de Guillerme que eram os que ficariam encarregados de passar o resto da madrugada vigiando as duas. Depois de caminhar alguns metros, nos separamos do resto do pessoal e com ela ao meu lado seguimos devagar de volta ao casarão, e eu não conseguia imaginar como ela, em terreno irregular, conseguia caminhar com aqueles saltos altíssimos.

— Vou te contar uma coisa — falei depois de alguns minutos em que os dois permaneceram calados —, mas apenas se prometer não surtar e sair correndo como louca.

— Humm, e por que eu surtaria? — ela parou para ficar me observando, como se não entendesse minha fala.

— É que você está igual a ontem, quando ficou com cocô espalhado por todo o corpo — tentei não debochar. — A única diferença é que agora, parece que se esfregou em esterco.

— É, imagino que meu estado não seja digno de um tapete vermelho — resmungou baixo —, mas não é nada que não se resolva com um bom banho perfumado, e acredito que se continuar assim, terei que pedir um container de produtos de higiene.

— Vai me dizer o que mudou? — inquiri incrédulo.

— Nada. — voltou a caminhar apressando o passo. — Só não queria que aquela égua perdesse sua potrinha, e ele não era um cocô, era um bebê.

— Sim, tem razão — tentei tomar seu braço, impedindo-a de prosseguir, porém, ela se esquivou e seguiu em frente não me dando opção a não ser a de segui-la. — Só imaginei que teria nojo, e que começaria a gritar tentando tirar a roupa.

— Desculpe, mas o que você pensa que eu sou? — ainda que estivesse de costas notei um bufo. — O que aconteceu ontem foi realmente nojento, não tive opção, mas eu não ando por aí tirando minha roupa em público. Ao contrário de alguém.

Girou a cabeça rapidamente e apontou para minha cueca.

— A madame que me perdoe — espetei. — Sei que minhas roupas íntimas não a agradam, mas essa noite eu tive que socorrer uma garota, e sabia que ela não se importaria com meus trajes.

LAÇADA PELO COWBOYWhere stories live. Discover now