LAÇADA PELO COWBOY

Capítulo 10

Oi meninas, vamos para mais um capítulo?

Abbie.

A única explicação que eu encontrava por ter aceitado o convite de Diego para fazer uma excursão de madrugada pelo rancho, era que tinham colocado alguma coisa em minha bebida durante o jantar, isso sem falar que entrei, bom, entrei não era realmente a palavra correta, mas enfim, estive me banhando em um lago de água gelada, justo eu que odiava água fria.

— Obrigada, mas preciso ir.

Um pouco mais lúcida, devolvi a ele a xícara, refiz o nó da toalha que cobria meu corpo e me dispus a dar o fora dali, antes que os ocupantes da casa acordassem, e azarada como eu era, me vissem saindo seminua do apartamento do inimigo.

— O que significa isso, Diego?

Assim que Diego abriu a porta, ouvi a voz irritada da última pessoa que eu imaginava ver naquele horário. E ela nos alcançou como uma navalha afiada. Assustada, arregalei meus olhos, eu sequer me recordava do nome da tal fulana. Mas eu não era a única ali com os olhos arregalados, ao seu lado estava Thereza, aquilo era o que eu chamava de azar em nível hard.

— Bom, já que eu não tenho nada a ver com a DR de vocês dois, eu vou indo — falei, apertando com força contra o meu corpo o pijama e as minhas roupas íntimas enroladas dentro dele.

— Nada disso — possessa, a gralha desafinada me puxou pelo braço impedindo-me de seguir meu caminho. — Você não vai sair daqui antes de me dizer o que estava fazendo a essa hora com meu namorado.

— Não tenho que dar satisfação da minha vida a ninguém, muito menos a você — esbravejei, puxando irritada meu braço.

Quem essa garota louca pensava que era para me tocar? Segundo Thereza me havia fofocado, Diego era solteiro, ele e a garota não tinham nada, então por que ela o estava chamando de namorado? Não importava eu só queria dar o fora daqui. Eles que resolvessem seu problema bem longe de mim.

— Desde quando eu sou seu namorado, Alice? — Diego a inquiriu irritado. — E o que faz parada em frente à minha porta a essa hora da manhã? Além disso, como se atreve a vir até meu apartamento para destratar uma visita.

— Eu a acompanhei até aqui, porque seu pinscher está doente — Thereza explicou. —, mas não permitirei que trate Abbie dessa forma, Alice.

— Nem eu, e não preciso de defensores — soltei mais furiosa que antes. — Toque-me de novo e terá um processo batendo na sua porta, ouviu?

— Caso Diego tivesse me atendido quando bati na sua porta particular, eu não teria ido pedir ajuda a Thereza. — apontou o dedo para mim —, mas agora eu sei o porquê de ele não abrir, era porque estava fodendo essazinha aqui.

— Ah, eu não sou obrigada a manter a classe quando umazinha usa termos de baixo calão para se referir a mim. — dei um tapa em seu dedo, afastando-o do meu rosto, e Diego me conteve quando percebeu que o seguinte estava indo direto para a face da idiota ciumenta.

— Calma — apertou-me com mais firmeza ao perceber que eu estava por me libertar do seu agarre.

— Bem que mamãe me avisou para eu tomar cuidado com essa vadia. Só não imaginei que em três dias essa puta já estaria na sua cama — ela tentou alcançar meus cabelos, mas Diego deu as costas a ela e, me protegendo presa a ele, tentou me levar de volta para seu apartamento.

— Me solte, seu imbecil, ninguém aqui irá me chamar de vadia e puta e continuar com os dentes na boca — esforcei-me para me livrar do seu abraço —, essa sua galinha ciumenta verá que eu também sei revidar.