Capítulo 4

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Olá meus amores, e aí?
Bora saber o que esses dois vão aprontar?


Abigail!

Alguns dias depois.

Ao descer do avião, minha primeira providência foi pedir para que Dylan fizesse uma ligação para a revista. Eu tinha deixado Geórgia e Natalie encarregadas das emergências, mas ainda assim eu não podia confiar e muito menos me afastar completamente. Nova Iorque estava fervendo com a Fashion Week programada para a nova estação, e antes que a temporada fosse aberta existiam reuniões, jantares, encontros em revistas, produtores estilistas, e eu deveria estar presente, mas não, estava eu, longe do centro de tudo. Eu ia matar Agnes e levar sua cabeça de volta para casa.

Eu estava furiosa, ela tinha surtado, minha única explicação para o que ela estava fazendo, era que estava sendo obrigada, forçada a fazer algo que não queria. Esperava apenas tirar tudo a limpo a tempo, pegá-la pelos cabelos e voltar correndo antes que minha carreira estivesse destruída.

O voo de Nova Iorque a Corpus Christi, no Texas, tinha levado mais de cinco horas, e além de ter a maldita conexão em Huston, ainda faltava chegar à fazenda, vinte minutos em um jatinho, que seriam duas a três horas em um veículo, algo que eu não estava disposta a suportar. A única coisa boa era que estávamos no final do inverno, então o clima no estado estava razoavelmente fresco, apesar disso, bem diferente de Nova Iorque, de outra maneira eu não teria vindo, eu não suportava calor e nem suor.

Somente Agnes para bagunçar toda a minha tão bem planejada agenda, sem que eu a enviasse a uma sentença de morte por isso. Depois de instruir Geórgia sobre o que deveria ser feito, devolvi o aparelho a Dylan para que fizesse uma nova ligação. Enquanto ele fazia a chamada, eu usei meu próprio celular para ligar para Agnes, ela havia dito que alguém estaria à nossa espera, mas já fazia mais de dez minutos que tínhamos desembarcado, e nada do seu enviado aparecer.

Dylan me entregou o celular com o nosso diretor John Davies, na linha, e fiquei com um aparelho em cada ouvido, e enquanto escutava o que ele dizia, eu continuava ouvindo os contínuos tuuuu tuuuu da minha chamada para Agnes, até que a ligação se perdeu. Terminei a conversa com ele e tentei mais uma vez fazer com que Agnes me atendesse, mas depois da terceira tentativa eu desisti.

— Vamos ter que pedir um táxi ou qualquer coisa que haja nesse lugar — informei mal-humorada a Dylan. —, parece que se esqueceram de nós.

— Pode ser que a pessoa nos esteja esperando do lado de fora — ele tentou me convencer, porém, não conseguiu.

Sem respondê-lo, coloquei os fones e conforme passeava nervosa pelo lugar voltei a tentar me comunicar com Agnes.

— Senhorita Green? — ouvi meu nome sendo pronunciado por uma voz masculina e seca em minhas costas. — Por acaso é Abigail Green?

O homem voltou a me perguntar, depois que me virei e fiquei de frente para ele.

— Ah — titubeei olhando para o homem que me examinava de forma descarada e devolvi a pergunta no mesmo tom —, quem deseja saber?

Encarei-o, fazendo uma análise rápida do brutamonte à minha frente: moreno, alto, musculoso, cabelos e olhos negros, parecia saído de uma festa de rodeio direto para o aeroporto. Longas e musculosas pernas cobertas por um jeans surrado e justo, preso na cintura por um cinturão de couro com fivela de chifres de touro, típico de machos dominadores.

Contrastando com a parte inferior, seu tórax estava coberto por uma camiseta branca, igualmente justa, mas adornada por uma fina corrente de ouro que terminava em um crucifixo. Enquanto a parte de baixo deixava claro seu lado macho cafajeste, a de cima se esforçava em mostrar um menino de família.

LAÇADA PELO COWBOYWhere stories live. Discover now