𝒜𝓂ℴ𝓇 𝒮ℯ𝒸𝓊𝓁𝒶𝓇 [COMPLETA]

𝒫ℯ𝒸̧𝒶 𝒹ℯ 𝓈𝒶𝒸𝓇𝒾𝒻𝒾́𝒸𝒾ℴ

Olá! É bom te ver por aqui!

･｡🍒｡･

Dirigi automaticamente até minha casa, contrariando meu estilo de vida, estava rápido e não enxergava mais que focos disformes e brilhantes à minha frente. Não tinha tempo a perder com uma direção defensiva ou me lamentando, faria isso após ter meu filho em segurança.

Estava difícil me concentrar em qualquer outra coisa, mesmo que no momento meu pescoço queimasse igual a uma ferida a ferro quente e meu coração estivesse dilacerado.

Eu fiz o que era certo... fiz o que era certo! Tentava me convencer. Salvarei a vida do meu filho. Me perdoem... Wei Ying... eu te amo, sempre o amarei.

Estacionei de qualquer jeito, passei as mangas da blusa furiosamente no rosto, abri minha kitnet. Tinha pouco tempo agora, aquele que sequestrou minha felicidade deveria vir. Ele tem que vir!

Entrei no banheiro, observei o sangue seco no meu pescoço e camisa, minha aparência era um total desastre. Chorei, entrando no banho com roupa e tudo, toquei a marca da mordida e me encolhi, ver o brilho néon se estilhaçando e sumindo foi devastador.

Eu não queria isso, mas precisei pelas pessoas que amo.

O banho foi rápido, me enrolei em uma toalha, observando todas as marcas na minha pele, eu amo cada uma delas e espero que o impertinente veja, quando vier conferir. Wei Ying me ama e sempre o fará, estamos ligados. Toquei meu peito no lugar do coração e meus olhos derramaram mais dolorosas lágrimas.

Ele é meu marido! Shizui é meu filho e é claro que eu faria qualquer coisa por eles. Aquele cretino sabia disso, me dava conta de que cada passo foi calculado. Quem poderia ser? Meu ciclo de amizades era mínimo e com criaturas, menor ainda.

Limpei minhas lágrimas, não era hora para minha comiseração, precisava estar no controle.

Preciso ser um borboleto forte, apesar da fragilidade. Que Deus me ajude!

O cara no telefone me chamou de estúpido, mas talvez ele quem fosse, afinal o pacto não poderia ser desfeito como deixou a entender. Eu queria conseguir juntar provas para pedir ajuda assim que meu filho estivesse fora de perigo, talvez os Wei me escutassem, eu ainda poderia tentar falar com meu amigo Rômulo em último caso.

Não estou disposto a dar tudo de bandeja para esse desgraçado.

Troquei de roupa, assim que recebesse a visita indesejada, correria até Shizui no hospital. Essa era minha prioridade. Posicionei meu telefone de frente para a porta e coloquei em gravar, minhas mãos tremiam, o tempo estava acabando. Abri a porta e fiquei prostrado nela, olhando para a noite e pedindo aos céus por não ser enganado; para não ter posto tudo a perder.