𝒜𝓂ℴ𝓇 𝒮ℯ𝒸𝓊𝓁𝒶𝓇 [COMPLETA]

𝒥ℴ𝒶̃ℴ ℯ ℳ𝒶𝓇𝒾𝒶

Olá! É bom te ver por aqui!

･｡🍒｡･

À minha confissão, a resposta ultrajante que recebi foi:

— Já sabíamos!

Eu ainda tentava explicar, sem me embaralhar, como fiquei apaixonado por outro rapaz quando me dei conta das bizarras palavras nada emocionadas dos meus pais.

— Isso... não... é... possível... — Falei pausadamente tentando achar um entendimento, que não fosse uma câmera escondida, escutas ou alguém me seguindo.

— Hanguang, meu filho, você lembra da Gyon?

Sim, eu me lembrava da Gyon, uma garota que se apegou a mim desde o primeiro dia de escola e disse que seria minha namorada, graças a Deus ela parou de me incomodar naquele mesmo primeiro ano do primário quando um garoto novo entrou na escola.

— Você simplesmente rasgou e rabiscou todas as fotos em que vocês estavam juntos, além de que tinha pavor de que qualquer menina chegasse perto e encostasse em você até terminar a escola e ir para faculdade.

— Também teve aquela vez que você sonhou que casava em um luau cigano com um menino de cabelos pretos, você sempre foi apaixonado por meninos de cabelos longos. Lembra quando alisou o meu com a prancha da vizinha e a queimou antes de terminar e fiquei meio encaracolada e meio lisa, a parte lisa ficou igual uma perna de rã?

— Eu sonhei com isso?

— Sim, talvez não se recorde, meu Hanguang era muito pequeno.

— Eu me lembro as exatas palavras: "Vou me casar com um menino de cabelos longos, para poder me aquecer neles." — Meu pai contribuiu.

— Eu tenho sonhos proféticos?

— Você vai se casar e não nos contou? — Meu pai perguntou boquiaberto.

— Não... pai...

— Então não diria que são sonhos proféticos, apenas avisos da alma. — Mamãe assanhou meus cabelos novamente. — Você tinha sonhos quando pequeno, às vezes aconteciam, mas você ficava muito aficionado nisso e tudo que mentalizamos é um canal para acontecimentos, seja bom ou ruim, pequeno Hanguang.

Lembrei dos meus pesadelos, da conversa com tio Cheng, uni tudo ao que minha mãe disse, talvez fosse melhor não pensar no que minha mente projetou. Não tive muito tempo para estas questões, quando busquei mais informações sobre os sonhos que tinha, descobri que foi apenas uma fase na infância, não voltei a tê-los até algum tempo atrás nessa fase adulta. Aproveitei o tempo com minha família, eles falaram que eu estava desviando do assunto e tive que contar sobre meu namorado e filho, eles não pareciam tão chocados e sim, felizes por mim.

Durante uma ligação eles me pegaram de surpresa, conhecendo Wei Ying e Shizui, dei graças a imagem péssima do meu telefone, dessa forma eles não veriam nitidamente a beleza vampírica do meu namorado. Enquanto me espremiam entre eles, eu roubava um olhar de sua bela figura, meu estômago parecia conter labaredas, algo quente que irradiava meu corpo.