𝒱ℯ𝓇𝒹𝒶𝒹ℯ 𝒹ℴ 𝓈𝒶𝓃ℊ𝓊ℯ

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Olá! É bom te ver por aqui!

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Vendo pelos olhos dourados enxerguei os olhos afiados do meu passado

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Vendo pelos olhos dourados enxerguei os olhos afiados do meu passado. Não uma e nem duas vezes, foram várias. Como na minha adolescência parecia tudo ao acaso, sem intenção, ao passo que as grades se erguiam ao redor. Um sutil aprisionamento da liberdade.

A percepção inocente do meu marido só se transformou em desconfiança no último contato deles, mas já era tarde. Ele já o havia cercado, aproximando-se sorrateiramente e usando de uma inocência dissimulada. No último contato, Sagi se transformou, deixou a máscara de bom moço cair e mostrou parcialmente suas intenções.

Como ele pode achar que ainda sou dele? Que direito têm de tirar minha felicidade e machucar quem eu amo?

Fiquei enjoado, se pelo gosto metálico ou aqueles olhos verdes, não sabia exatamente. Um dia pensei gostar de Sagi, mas vendo agora pelos olhos de quem amo de verdade, a realidade era cruel. Enxergava Sagi pelo que ele era, um rapaz astuto e de coração feio. Ele usava as pessoas e as rebaixava sutilmente, como uma criança que tem prazer em estragar os brinquedos alheios, dando desculpas insinceras pelo ato e depois dizendo que o dele é melhor. Pequenas mágoas. Sentimento de insuficiência.

Ele estava diferente de alguma maneira, mas não consegui identificar, apesar de saber que ele possivelmente não era mais humano. Pelos olhos do meu marido ele parecia frágil, nada como o forte Sagi que jurava me proteger, mas, na verdade, me sufocava, me fazia dependente.

Voei pela janela em um acesso de fúria, mesmo agora ele usava as pessoas e ainda me atingia. Aquela maldita influência que pensei estar livre ainda me pressionava, foram anos me sufocando, fazendo-me parecer fraco e incapaz. Eu era forte e ele me fez desacreditar disso, me fazendo crer que precisava apenas dele.

— Maldito egoísta!

Gritei quando estava no meio da floresta ao redor de casa, um grito gutural do fundo da alma. Eu já não era o mesmo, não estava sob o cárcere dele e não o deixaria tocar novamente na minha família. Seria a criatura meio humana e forte que nasci para ser. Wei Zhan, meu marido, é generoso. Se sacrificou por nós e o teria de volta senão nessa vida, na próxima. Essa era uma promessa!

Não pude ver pelos olhos humanos do meu marido o que os atacou na loja de conveniência, mas tinha um palpite de quem poderia ser. Não havia relatos de vampiros se movendo à luz do dia, essa proeza era reservada a mim somente. Desacreditava que ele tinha a mesma peculiaridade; isso se fosse mesmo um vampiro.

Soquei as árvores, quebrando muitas no processo como gravetos frágeis, eu não era 100% coisa alguma, humano ou vampiro. Mas era forte o suficiente para dar minha vida por Shizui e Zhan, pela proteção da minha família.

𝒜𝓂ℴ𝓇 𝒮ℯ𝒸𝓊𝓁𝒶𝓇 [COMPLETA]Where stories live. Discover now