ℳℯ𝓊𝓈 ℴ𝓋𝒾𝓃𝒽ℴ𝓈...

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Olá! É bom te ver por aqui!

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Primeiro senti um zumbido no ouvido, como um alerta de que algo estava para acontecer

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Primeiro senti um zumbido no ouvido, como um alerta de que algo estava para acontecer. Zumbidos, salvo acometimento de doenças decorrentes em humanos, podem ter duas possibilidades: aviso divino ou surpresas de natureza diversas. A primeira não poderia acontecer comigo, visto que sou parte vampiro e automaticamente obtenho a classificação de morto-vivo que em parte se 'alimenta' de sangue, sendo considerado profano.

Então, como se indiretamente compartilhando de algo, vi o nariz do meu cachorrinho farejar o ar. Segundo, veio a voz grossa e bem modulada, parecida com uma tempestade; uma chuva que começa lenta e então cai-se o granizo, no entanto, o som que se faz é calmo e fluído. Nem se eu tivesse sendo punido na maior escuridão já descrita por milênios, deixaria de reconhecer aquela entonação.

Em consequência, meus olhos captaram as únicas orbes herdeiras do sol, tão dourados quanto o ouro derretido da forja de um anão. Não restavam dúvidas, reconheci de imediato o amor da minha vida. Lan Zhan estava parado à porta da recepção.

Se ainda fosse impossível reconhecê-lo, sua camisa branca com dois botões abertos deixavam-me ver aquele belo pescoço e um pedaço de sua clavícula, eu tinha a anatomia completa e inesquecível dele gravada em minha mente.

O tempo parou por um segundo, mas se com toda constatação óbvia ainda houvesse dúvidas, Lan Zhan me dizia ser ele pelo ritmo calmo e suave com o qual seu sangue circulava caprichosamente em suas veias. Um leito manso de rio com águas cristalinas, que já vi ficarem turbulentos em uma entrega atraente que dilatava meus poros.

Shizui me trouxe novamente ao momento, sussurrou, mas eu ouvi bem:

— Ele é o tchan?

Acenei minimamente confirmando, acompanhei a interação tão natural deles. Lan Zhan parecia natural em todas as situações.

Eu me apresentei e disse ser um prazer revê-lo, mas ele me ignorou rapidamente. Tirou suas mãos das minhas como se eu o tivesse ofendido ou meu contato fosse contagioso.

Você não me reconhece, Lan Zhan?

Ele poderia não saber, mas aquela expressão fria em seu rosto me deixava aflito e triste.

Sou eu, meu amor, o Ying... olhe para mim... por favor...

Durante a viagem fiquei olhando para ele, admirando o que a precariedade da máscara me escondeu, as sobrancelhas retas e escuras davam o contraste perfeito àqueles belos e quentes olhos. O nariz descia reto e dava espaço para uma boca perfeita, contornada e moldada para dar o melhor beijo que já recebi; os cabelos indecisos, de cor chocolate, delimitaram a face afiada e bem esculpida... Ah, sim, e o toque febril de sua mão na minha me fizeram reconhecer imediatamente o macio daquela pele que não saia dos meus sonhos. Fiquei tão abatido por ele não me reconhecer, mas também não poderia falar abertamente meu reconhecimento.

𝒜𝓂ℴ𝓇 𝒮ℯ𝒸𝓊𝓁𝒶𝓇 [COMPLETA]Where stories live. Discover now