Capítulo 25: quem fez isso a você?

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— Pelos céus!

Saio da proteção e corro contra a chuva e vou em direção de onde a floresta fica, minhas vestes estão completamente molhadas e a minha visão está comprometida pela água batendo nos meus olhos. Porém, não cesso o passo, por sorte, as minhas botas não são tão escorregadias.

A pequena estrada que vai rumo a floresta está enlameada e eu quase escorrego, mas volto a me firmar. Percebo a entrada da floresta, o chão não está tão diferente do campo de lírios.

Giro a minha cabeça procurando qualquer sinal possível de Carolina, a tempestade parece ter triplicado a sua força. Prossigo a caminhar, então vejo um chapéu coberto por terra molhada.

— Carolina passou por aqui, sei disso.

Seguro o chapéu por entre os meus dedos, um medo estranho inunda o meu peito, é algo estranho. Espero que ela esteja bem, não sei o que farei se algo de ruim acontecer a ela.

Ainda com o chapéu em mãos, continuo a busca, sem cessar.

Ela deve ter ido para o casebre no fim da floresta, estou quase me dando por vencido. Porém, uma mancha laranja me chama atenção ao lado de uma árvore, solto a respiração e corro em direção ao pequeno vulto.

— Tem que ser você, tem que ser.

Estou tão próximo a ela que já consigo identifica-la, seu corpo está encolhido e a sua cabeça está recostada sobre os joelhos. Não peço permissão e a abraço com ternura, sinto o seu corpo gelado ao contato do meu que está da mesma forma.

— Eu estou aqui, meu amor.

Ouço seu choro baixo, toco o seu queixo e o levanto na minha direção. Percebo que ela treme, seus olhos estão vermelhos e a boca está tão pálida.

— Preciso tirar você daqui, venha.

Quase tombo para frente, pois o vestido dela está molhado e muito pesado. Mas, dou um jeito de firma-la nos meus braços, e então, penso que ir para a nossa casa demorará demais, então irei leva-la para o casebre.

Carolina se agarra ao meu pescoço, e eu seguro com mais força e prossigo o caminho. Ando por alguns minutos e vejo o simples casebre.

Subo as escadas com cuidado para cairmos, chuto a porta e ela se abre revelando um lugar convidativo e aconchegante. Se não me falha a memória, há apenas três cômodos. A sala que é junto com a cozinha, o lavabo e um quarto. É tudo simples, mas em uma urgência como essa serve perfeitamente.

A deito em um sofá próximo a lareira apagada, ela parece estar a instantes de desmaiar. Volto e fecho a porta para não entrar água aqui para dentro.

— Carolina, acorde! Tenho de remover o seu vestido, me ajude.

— S-s-sim. — sua fala é falha.

Viro-a de bruços e desabotoo o seu vestido com um pouco de dificuldade, mas no fim, consigo. Puxo a roupa úmida pelas pernas dela, depois frouxo o espartilho e a deixo por enquanto apenas com a chemise. Vou ao quarto buscar alguma roupa seca, encontro uma camisola grande e larga, creio que ficará grande para ela, mas terá de servir. Aproveito e escolho dois cobertores, levo-os comigo para a sala.

Tiro a chemise e resolvo tirar as suas meias, apenas atrapalharão para que ela pegue calor no corpo. Tremula ela me impede, a olho e dessa vez não irei obedece-la, isso envolve a saúde dela e não a deixarei com algo molhado.

— Vou tirar, Carolina, não farei mal a você.

— P-p-por favor. — seu tom é tão frágil que despedaça o meu coração ao vê-la nessa situação delicada.

Fascínio De Um Americano (Série Destinados Ao Para Sempre)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora