As Primeiras Gotas da Tempestade

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Após alguns dias do último ocorrido, sobre Yoto e a visita ao meu pai na cadeia, os dias se passaram calmos e monótonos.

Entre esses dias eu fiz algumas missões, que foram integralmente úteis para eu treinar ainda mais a minha habilidade. Consegui aumentar o tempo de transe nos meus alvos por mais tempo, quase há um dia sob o efeito do meu chakra.

Estranhamente quando eu voltava para casa, sentia que estava sendo seguida. Mas nunca encontrei provas e fatos que alegassem que minha suspeita era real. Hidan dizia que eu estava com mania de perseguição, então não sei dizer ao certo se era a minha intuição ou apenas paranoias. Então deixei isso passar batido.

Em uma manhã chuvosa ao qual eu acordei tarde, fui designada para uma missão com Deidara, onde eu seria apenas uma acompanhante de apoio. Deveríamos sequestrar a filha de um imperador e entregar a Vila inimiga deles. Coisa de rotina, agora.

Levantei já que sairíamos após o almoço e desci para tomar um café.

Na cozinha estava Hidan de costas para a porta, encostado na bancada encarando a chuva densa que arrastava galhos e folhas pelo chão, varrendo a grama verde do quintal de casa.

Hidan - Quer tomar um banho de chuva? -sugeriu com um ar de seriedade ao notar minha presença

S/n -Não. Não gosto de chuva. -recusei

Hidan - Por que?

S/n - Nunca gostei. Principalmente quando está forte desse jeito, me causa um sentimento de que alguma coisa de ruim vai acontecer.

Hidan - O máximo que pode acontecer é a chuva e o vento levar nossa casa embora. -brincou com a situação se virando para mim

S/n - Acha engraçado?! Ela não é boa nem para as plantas, está varrendo tudo como se não fosse nada.

Hidan - As vezes a gente precisa de uma chuva pra varrer tudo e a gente olhar pro que realmente importa.

S/n - Virou filósofo agora?! -caminhei até a mesa com uma caneca em mãos, retirando a tampa da garrafa de café e me servindo

Hidan - Pelo visto, a chuva te deixa rabugentinha. -se aproximou me abraçando pelas costas, colocando seu rosto próximo ao meu

S/n - Talvez deixe.

Hidan - Logo logo essa chuva vai passar. -direcionou seus lábios, com suaves toques rente ao meu pescoço subindo de forma gentil e delicada até minha orelha passando diretamente os beijos a minha bochecha

S/n - Você vai sair hoje?

Hidan - Vou. E você?

S/n - Também. A gente podia fingir que está doente e ficar em casa juntos.

Hidan - Eu ia gostar muito. Ficar debaixo da coberta, deixar você escutar o barulho da chuva enquanto eu chupo você e depois eu poderia fazer um chocolate quente pra gente. -influiu ao meu ouvido

S/n - Eu acho essa ideia muito melhor do que sair nessa chuva.

Me virei para Hidan que segurou minha cintura em suas mãos, curvando levemente seu tronco a minha altura deixando nossas faces em uma curta distância. Estiquei meu braço para trás buscando o apoio da mesa e coloquei o copo sobre a madeira, deixando meus braços livres e direcionei minhas mãos ao encontro de sua nuca, afagando seus fios macios entre meus dedos puxando sua cabeça para perto e selando nossos lábios.

Um beijo sem pressa, calmo e denso. Não importa quantas vezes eu o beijasse, meu coração acelerava a um ritmo forte como se quisesse literalmente saltar pela boca. O som da nossa respiração juntos ao batimentos cardíacos, desacelerava o tempo deixando o estrondo da chuva insignificante.

Vai Começar o Ritual +18Where stories live. Discover now