Capítulo 3

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Dragon e Ivankov observaram um pequeno barco sujo parar na lateral da ilha. O bote balançava violentamente na tempestade. A tempestade começou na pequena ilha desde que chegaram. Dragon observou seu pai pular no oceano e chegar à costa, em sua direção.

Dragon não disse uma palavra e deu um pequeno aceno de cabeça como uma saudação ao homem idoso, que fez beicinho com a visão, mas entendeu mesmo assim. Dragon conduziu o homem, depois de torcer a camisa para tirar a água do mar, até a pequena cabana em uma área isolada da floresta, onde eles estavam escondidos.

Olhando para a vizinhança, Garp não pôde deixar de sentir orgulho de seu filho por ter escolhido um esconderijo tão bom. Não admira que ninguém tenha conseguido rastreá- lo.

Depois de ouvir que Dragon havia fugido, literalmente fugido, pela primeira vez de seus inimigos, ele ficou com medo de descobrir se algo estava errado. Mas, felizmente, Dragon ligou logo e deu-lhe a notícia de seu neto. Ele poderia ligar os pontos e agora entender por que Dragon estava desaparecido e por que ele fugiu naquele dia. Dragon fugiu para proteger seu filho, para não revelar sua identidade ao mundo. Ele se sentiu orgulhoso de Dragon por alcançar seu objetivo, mesmo estando do lado oposto.

A casa era pequena, mas dava a Garp a sensação de estar em casa. Ele podia ver os brinquedos espalhados por todo o corredor, ele riu quando Ivankov tropeçou em um deles. Ele e Dragon entraram na sala onde estava seu neto.

Ele podia sentir o cheiro do mar irradiando do quartinho. Quando seus olhos pousaram no garoto, a primeira coisa que seu coração e sua mente gritaram foi que o garoto era adorável demais. Ele se jogou na cama grande, com as pernas cruzadas e as costas contra a parede. Ele viu Dragon puxar uma cadeira e sentar-se à sua frente.

Garp levantou o menino da cama e o colocou lenta e ternamente em seu colo, não querendo que o garoto sorridente acordasse de seus doces sonhos. O garoto estava resmungando alguma coisa e babando pela boca.

"Ele é adorável demais", Garp sussurrou em voz baixa, seu rosto se iluminando de alegria ao ver o bebê. Acariciando suavemente a bochecha da criança com seu polegar enorme, ele viu o pequeno franzir os olhos e abri-los com um pequeno bocejo.

O garoto piscava para ele, com a cabeça inclinada, observando pela primeira vez o rosto desconhecido. Os olhos castanhos brilhantes encontraram os olhos de Garp enquanto os dedos de Garp percorriam o cabelo liso do garoto. Garp sentiu seus dedos pararem completamente quando viu o olhar intenso que pousou sobre ele. Ele sentiu como se uma espada fosse colocada em seu peito, pronta para perfurar seu coração e apenas esperando por um movimento errado para acabar com sua existência.

O som das ondas quebrando na costa foi ouvido claramente na sala silenciosa. A chuva estava ficando mais forte e o farfalhar violento das árvores e as ondas quebrando na praia enchiam a sala. Os relâmpagos estalaram lá fora, fazendo os pobres animais gritarem de medo. Até a ilha habitada parecia rugir como se tivesse voz própria. E no meio de tudo isso, eles estavam no meio da sala, esperando alguma coisa.

E então o bebê sorriu. Garp nunca tinha visto ninguém dar um sorriso tão grande em toda a sua vida. Ele não percebeu quando a sensação, a pressão e a força desapareceram completamente. Ele não percebeu quando o tumulto das feras selvagens terminou, quando o rugido que ele ouviu desapareceu completamente. Ele apenas viu como o garotinho se contorcia em seu colo, para encontrar um lugar melhor para deitar e dormir, para voltar o sonho como se nada tivesse acontecido.

"O nome dele é Monkey D. Luffy," Dragon disse, com os olhos fixos em Luffy. Isso foi o suficiente para tirar Garp de seus pensamentos e acenar lentamente para o filho.

"Esta criança não é normal", disse Garp enquanto levantava a cabeça para ver Dragon nos olhos. "O que você está escondendo?"

Dragon reverteu os olhos, recusando-se a encontrar os de seu pai. Seus olhos estavam voltados para Luffy como se dissesse que Luffy era seu filho e ele sabe que não é normal como os outros, mas não toleraria ninguém zombeteiramente falando bobagens para seu filho.

O Retorno de Joyboy!Where stories live. Discover now