BellaDonna [jikook]

• chapter eleven of; BD

play; love on the brain - rihanna

É correto dizer que o cérebro fixa memórias que liberaram fortes emoções, e é errado dizer que são facilmente esquecidas. Jungkook estava sentado em frente sua casa, eram quatro e poucos minutos da madrugada, as bitucas de cigarros já se acumulavam no cinzeiro. Balançava-se numa cadeira e observava o bosque escuro à sua vista. Embora frio, a falta de uma camisa não parecia surtir diferença.

Porque seus pensamentos estão borbulhando em sua mente.

— Félix volta a ativa em uma semana — está recordando as palavras de seu amigo — Com Jimin irá ficar?

— Bem.

— O que quer dizer? — ele estava um pouco impressionado — Você e eu também ficaremos fora.

— Temos muitos quartos.

Namjoon arregalou os olhos.

— Não me diga que irá levá-lo conosco...

— Não há outro jeito.

Nitidamente incomodado com a conversa, o Sargento respira fundo e fecha a porta do dormitório para que ninguém mais escute aquilo sem querer.

— Posso deixá-lo com minha esposa, ele terá Freya consigo. Estarão bem.

— Sua mulher sabe lutar, Namjoon? — ele balança a cabeça como se houvesse escutado algo idiota.

— E levar ele para uma toca cheia de marmanjos e armas é mais saudável para você? — arqueou uma sobrancelha em audácia explicita.

— Não é sobre o que é mais saudável, mas, seguro.

— Não quero meu sobrinho na Base. Estaremos em conflito.

— Ele estará perto, bem debaixo de nosso nariz. Qual é a melhor opção para você? Deixá-lo em casa sozinho, trancafiado com um bebê e um burro? Com Hyunaí e Freya que não sabem um terço do que está acontecendo? Estará ameaçando a vida delas — não parecia que gostaria de entrar em um acordo, ou disposto a mudar de ideia.

— Sua casa inteligente é blindada — Namjoon continuou dando outras opções.

— Toda tecnologia tem furos, caso algo aconteça, acha que conseguiremos chegar até ele em dez segundos?

— E se formos atacados?

— Faça essa pergunta novamente. Se formos atacados na Base, temos noventa por cento de chances de vencer e protegê-lo, mas se minha casa ou a sua for, Jimin e elas não poderão vencer. Eu não tenho soldado disponível, Namjoon.

Embora preocupado com o lugar que seu sobrinho fosse se estabelecer, Namjoon engoliu as próprias palavras para tentar dar uma chance ao amigo.

— Vou acreditar em você.

Dando de ombros, Jungkook abre uma janela e acende um cigarro.

— Jimin fica melhor perto de mim.

As palavras deslizam sem preocupação alguma.

No entanto, Namjoon não parece muito bobo, ou talvez estivesse estranhando algo há um bom tempo. Por isso, joga uma verde:

— Você se apaixonou pelo meu sobrinho? — há um riso humorado, talvez nem mesmo acreditando na própria pergunta, mas o silêncio do General o fez desfazer o sorriso rapidamente — Não ouse...

Jungkook termina de tragar, para responder com tranquilidade.

— Talvez, sim.

Uma resposta que não agradou quem ouviu.