08 - Reginaldo Rossi, Cochichos e Esporro

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MINATOZAKI SANA, 11 DE MAIO DE 2023 COREIA DO SUL

Onde é que eu tô? Onde é que eu tô? Vala, meu Deus! Quem foi que... Vala, o que foi que aconteceu? Eu estou sem saber onde eu estou.

Me chamem de maluca, mas eu realmente não lembro de ter nascido em berço de ouro. Que caminha gostosinha é essa, mané? Será que eu fumei maconha pesada? Meu Deus, mas eu nunca fiz isso. Afinal, quem é Minatozaki Sana?

Ah, é! A otária sou eu. Olha só que legal.

Sentei na cama confortável demais para o meu gosto, observando em volta. Seja lá quem mora aqui, a julgar pela televisão eo tamanho de uma égua, deve ser podre de rico. Porque eu não sou, não é possível que da noite pro dia eu tenho casado com um velho da lancha. Oh, céus. Eu vendi meu corpinho? Assim né, tô inteira. As pregas estão todas no lugar. Tá bom, então.

Que dor de cabeça veia ruim, meu Deus.

Fechei os olhos, sentindo minha cabeça latejar. Certeza que bebi pra caralho, burra da peste. Nem pra ser chifre, né? Tinha que ser eu fazendo minha filha sofrer mommy issues. Meu Deus, eu vou morrer. Morre não, besta. Pobre nasceu pra sofrer.

Me assustei quando a porta do quarto abriu, revelando uma figura feminina. Me praguejei mentalmente mil vezes ao me deparar com Mina bem na minha frente, me encarando com aqueles ódios ridículos de sedutores. Reparei que estava vestida com roupa de academia, um short legging bem curto por sinal, deixava suas pernas torneadas e coxas marombas a mostra. Além do top, me dando vista de seu abdômen extremamente definido. Talvez eu e Dahyun temos mais uma coisa em comum: um fraco por ratas de academia.

Merda, merda, merda! Que desgraça eu tô fazendo na casa dessa gostosa que, incrivelmente, é minha chefe? Puta que pariu, que besteira foi que eu fiz ontem pra parar na cama dela? Será que eu dei? Meu Deus.

- Bom dia, Srta.Minatozaki. - Ela proferiu, bastante calma, mas inexpressiva.

Não sei se era o corpo dela banhado em suor, mas eu tô ficando toda coisada. Mulher, se aprume! Safadeza da peste essas horas da manhã. Tem juízo não, é? Pior que não mesmo.

Agora, só uma perguntinha básica:

- Que peste eu tô fazendo aqui, homi?!

Meu Deus, que pobre fodida eu sou.

Mina cruzou os braços, sorrindo de canto. Meu Deus, não me diga que eu cometi atrocidades.

- Descubra sozinha, tenho certeza que seu coma alcoólico não foi tão grave.

Filha da puta. Se eu tô perguntando, é porque eu não sei, caralho! Mas será que eu transei com ela? Não é possível que ela seria capaz de transar com uma pessoa fora de seus sentidos, certo? Tipo, isso é fora da ética. Afinal, com que tipo de pessoa eu estou lidando?

- Se levante e tome um banho no banheiro que tem no quarto a frente, é tudo seu.

- COM VOCÊ?!

Que vergonha alheia eu tenho de mim. E pelo visto Mina também, já que uma risadinha típica de Myoui Mina se instalou no ambiente. Com base em que eu pensei que Mina iria tomar banho comigo sendo que ela especificou tudo certinho? Eu sou burra, afetada, tadinha.

- Não hoje, Minatozaki. Ande logo, temos que trabalhar. - Iria questionar, mas a japonesa saiu em direção ao próprio banheiro.

Engoli em seco, resmungando pela dor da minha cabecinha oca e seguindo para onde fui ordenada. Ao adentrar o cômodo, me deparei com um quarto que aparentava ser de hóspedes. Tudo em tons de branco, uma vibe bem hospício. Em cima da cama, que de certeza era confortável ao extremo, tinha um vestido estilo terninho, saltos, bolsa, lingerie e uma pequena caixinha, tudo em tons de preto. Aquilo valia muito, dava pra reconhecer. Do mesmo jeito que rico tem desgosto por coisa de pobre, o pobre fica admirado por coisa de rico. Estava tudo novinho em folha, a roupa com etiqueta e tudo. Me aproximei da cama, tonando em mãos e abrindo a caixinha com cuidado. Arregalei os olhos: era um colar de diamantes puro.

Pieces Of Love Where stories live. Discover now