Consequências

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O diretor Dippet estava mandando os quadros de seus aposentos calarem-se. Estavam todos muito eufóricos com os acontecimentos de agora a pouco. O velho bruxo respirou profundamente e mandou chamar a causa de sua enxaqueca para terem uma conversa. E com isso o professor Dumbledore saiu pela porta e desceu as escadas da gárgola fazendo seu caminho até o dormitório pretendido.

Riddle estava terminando seu ensaio de poções quando alguém bateu a sua porta. Ele rapidamente endireitou suas vestes de dormir e foi atender. Nada surpreso em ver seu professor menos estimado.

— Professor Dumbledore, a quê devo a honra de sua visita?

O mago olhou para dentro do quarto do menino e viu Harry deitado na cama dossel lendo uma revista.

— Senhor Riddle, creio que tem um grifo no dormitório errado.

Com essa fala Peverell levantou os olhos de sua leitura e prestou atenção no que estava acontecendo.

— Oh, professor Dumbledore! Boa noite! Como vai? — disse o pequeno gentilmente.

— Vou muito bem meu garoto, mas receio que devo tomar um pouco do tempo de seu amigo. É melhor hoje dormir no seu dormitório... — Disse um tanto quanto misterioso, e percebendo que ia ser interrogado logo tratou de interromper a futura fala do menor que fechou a boca logo depois de abri-la. — Depois Riddle irá te explicar tudo. Vá.

O mais novo recolheu sua revista, calçou sua pantufa e foi até um canto do quarto pegando Pudim que miou com raiva por ter sido acordado.

— Estou indo. Boa noite Tommy, boa noite professor.

— Boa noite Harry. Durma bem.

— Boa noite. — Tom falou simplista, estava muito ocupado tentando decifrar o que viria pela frente.

— Siga-me Tom. Temos de ir a um lugar.

— Onde?

— Você verá.

Relutantemente o moreno acenou com a cabeça. Pegou sua varinha no quarto e jogou por cima de si um roupão verde de cetim que ganhara de Abraxas no natal passado.

Alguns olhares sobre si o incomodaram, Tom quase mandou a todos cuidarem de sua própria vida, mas ele não queria chamar mais atenção. Era frustrante que todos já estivessem especulando que fizera alguma coisa errada para estar seguindo um professor que nem de sua casa era.

Saíram do quarto e andaram pelos corredores de Hogwarts sem se comunicar mais. O mais velho estava poupando suas palavras para logo mais enquanto seu aluno só não queria dignar-se a iniciar algum tipo de conversação.

Tom se sentiu ansioso, aquele mistério todo. Por que Dumbledore? Por que não Slughorn que era de sua casa? Seria bem menos suspeito.

Sua mente começou a trabalhar tão rápido que não se atentou quando a senha do escritório foi pronunciada e as escadas começaram a se fazer presentes.

Quando adentraram as portas, viram o diretor Dippet bebendo chá enquanto escrevia algo em um pergaminho longo.

— Diretor, trouxe o Senhor Riddle como pediu.

— Oh, certo, certo. — O velho bruxo apontou para a cadeira que estava à frente de sua mesa. O que o menino não demorou a fazer. — Gostaria de chá? É muito bom para o tipo de conversa que quero ter com você.

Tom olhou para a xícara que rapidamente foi posta a sua frente, o bule de chá encantado logo levitou até sua direita e encheu com o líquido oferecido.

Caminhos do destinoWhere stories live. Discover now