Noite das Bruxas

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A noite para Riddle fora cheia de surpresas, afinal não era de se esperar que o sobrenome de Harry fosse tão famoso entre as famílias puras. Havia já reparado e tinha absoluta certeza que o nome era conhecido, mas não imaginava que os Peverell eram rodeados de possíveis inimigos.

Também naquela mesma noite ficou sabendo pelos colegas que a sua casa, junto dos corvinos, havia montado uma espécie de clube de duelos. Era novidade em Hogwarts, já que o último havia sido dissolvido após um incidente grave de um aluno, mas parecia que o atual professor de DCAT (defesa contra as artes das trevas) não ligava muito para o histórico. Como era algo novo, apenas a sonserina fora encarregada de começar. Os recrutamentos começariam no fim do outono.

Era uma notícia maravilhosa para o jovem Riddle, garantiria seu espaço e respeito quando lutasse.

O quarto de Harry era tão aconchegante quanto um palácio aos olhos do menino. Sua cama em tons de vermelho com as cortinas brincando entre o dourado e o preto lhe deram uma sensação calorosa.

Seus colegas de quarto eram Charlus e Bilius, além de outro garoto que apenas se isolou. Mas souberam que seu nome era Edimundo. Logo Harry ficara curioso sobre o menino, mas aquele dia estava tão cheio que decidiu não incomodá-lo.

Naquela noite, sentiu problemas para dormir.

O primeiranista estranho o olhava de uma forma intimidadora, como se o reprovasse. Foi uma noite cheia de calafrios e ansiedade. Se não fosse por seu gato ter dormido em sua cama para lhe acalmar, junto de Sr. Pompas, apostaria que teria saído correndo procurando por seu amigo sonserino.

A manhã seguinte foi tão turbulenta quanto. Charlus insistia para que deixasse sua pelúcia no quarto.

— Já disse, Harry. Se vai andar com a gente, deixe logo de vez esse coelho. Vamos, é só deixá-lo na cama. Ninguém vai pegar!

— Por que não posso levar?

— É um pouco constrangedor... Você já é crescidinho para levar sua pelúcia para todos os lugares... Não acha? — Bilius, que era mais sensível aos sentimentos alheios do que Charlus, tentou o convencer. — Vai ser apenas durante as aulas. A noite pode ficar com ela.

— É o Sr. Pompas, nunca ficamos separados...

— Mas... que tal testar? Só hoje! — Insistiu seu amigo ruivo.

— Vamos logo Bilius, se ele não quer tirar a pelúcia idiota do braço então não andará conosco — Charlus era impaciente, e um tanto quanto estourado.

Harry olhou para o Sr. Pompas em seu braço e respirou fundo, aquela decisão seria, até então, a sua mais difícil. Ao sair do quarto, sem seu coelho, se sentiu desprotegido.

Era como andar sem sua pulseira favorita em um dia importante, ou até mesmo ter esquecido de fazer um certo hábito. A constante vontade de voltar atrás fazia-o querer sair correndo de volta ao pêlo macio de pelúcia. Mas seus novos amigos não iriam gostar muito se o fizesse.

Ele não queria ficar sozinho nos primeiros dias de aula... Tom não estaria ali consigo. Então necessitava de alguém.

Assim que passava pelo portão do grande salão principal para sua refeição matinal, sentiu seu estômago roncar. O cheiro de comida estava no ar, e as refeições eram de dar água na boca! Céus, tinha comida para alimentar um exército. Harry pensou que o jantar de ontem fora apenas uma cortesia de primeira noite, mas pelo visto seria assim em todas as vezes. Aquilo o deixou extremamente feliz.

Ao chegar na mesa dos grifos tentou encontrar Riddle na mesa verde mas não o achou, nem aos seus amigos, talvez ainda não tivessem chegado. Infelizmente sentou-se de costas, não podendo observar. Afinal sua mesa ficava no canto do salão.

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