A história que todo bruxo conhece

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Dumbledore andava de um lado para o outro em sua sala, tentando pensar em uma maneira educada de perguntar algo a certo alguém. Depois de alguns minutos nisso, o professor ouviu batidas em sua porta e mandou que a pessoa entrasse.

Era Riddle, a quem chamou.

— Oh, Senhor Riddle, entre! Feche a porta, sim?

O garoto apenas fez o que foi lhe dito e se sentou na cadeira do professor que sempre o estava observando.

— Quer alguma coisa? Um doce?

— Não.

— Então está bem. Sabe, ultimamente tenho comido mais desses...

— Não me importa. Sem querer ser mal educado, mas por que me chamou aqui? — Claramente estava irritado por estar ali.

— Bom, receio que você não esteja muito confortável, certo Senhor Riddle? — O gesto do maior irritava Tom, aquela aura de bondoso. Não poderia ser verdadeira. — Por mais que eu queira te punir pela falta de educação que falou com um professor, eu entendo. Sério. Já fui assim.

O menor respirou fundo e olhou o mais velho nos olhos.

— Certo. Desculpe.

— Melhor. Bom, eu quero lhe perguntar algo. Tom, por acaso aquele desafio que fez foi com outro propósito?

— Perdão?

— Vou reformular para você entender melhor. Por acaso você está tentando provar algo? Nenhum aluno em sã consciência desafiaria um aluno tão mais velho que si sem saber que poderia vencer. De alguma forma parece que você tem conhecimentos avançados sobre os feitiços dos anos futuros.

— ...

Tom não havia gostado de seu nome ser pronunciado pelo mais velho como se fossem amigos.

— Bom, receio que você esteja de muito parabéns, mas parece que seus colegas de casa não acharam muito agradável você os desafiando assim.

— Se eles não se asseguram em feitiços então não deveriam competir. Eu apenas quis testar meus conhecimentos.

— Que estão muito avançados. Diga-me Tom, você já tem algum caminho em mente?

Aquela pergunta tinha muitas respostas. Claro que o garoto era extremamente calculista, e Dumbledore já estava percebendo o quanto o garoto menor escondia coisas dele.

— Não há nada para se preocupar, senhor.

Dumbledore o olhou estreitando um pouco os olhos e suspirou pequeno.

— Quero te garantir que somos amigos, Tom. Não quero que me veja como um inimigo, eu estou responsável pelas suas ações.

— Estou ciente.

— Então também sabe que estou te observando constantemente, certo?

— Sim.

— Os estudos na biblioteca vão bem?

— Diga-me o senhor, não está me observando? Não pôde me ver duelar?

— Não seja petulante.

— Não estou. Apenas digo a verdade. Não provei o quão forte sou?

— Claramente.

— Então já tem sua resposta.

Riddle se levantou e recebeu um olhar furioso do mais velho, claramente Dumbledore estava se segurando para não falar bobagens para o menor. O professor queria que Tom confiasse em si já que era seu "mentor".

Caminhos do destinoWhere stories live. Discover now