Controle

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Os exames de Junho foram avassaladores, os alunos já estavam com as mentes esgotadas. Alguns haviam deixado para estudar de última hora, principalmente os primeiranistas desavisados. Porém, no demais, apenas estresse de prova.

Sonserina levara a taça das casas, com uma pontuação excelente. Corvinal havia se esforçado, mas ainda assim ficou em segundo, logo atrás Lufa-Lufa e por último naquele ano, Grifinória. Alguns baderneiros haviam perdido vários pontos para deixá-la em último.

*

Era dia de arrumar a mala para as férias de verão. Época em que em Hogwarts não haveria alunos, todos seriam dispensados sem opção.

— Riddle, vai nos escrever, certo? — Rosier falou enquanto tentava fazer uma trouxa de roupas caberem em seu malão.

— Sendo sincero, não acho que irei poder. — Mentiu Tom, é claro que ele poderia escrever. Era só responder as cartas de seus amigos. — A diretora do orfanato onde fico é uma completa megera. Indico não me mandarem cartas, a menos que queiram que eu fique trancado pelo próximo ano e nem venha à Hogwarts.

— Céus, que horror. — Avery falou abismado.

— Okay, não vamos lhe escrever... Que absurdo, uma diretora de orfanato deveria ser gentil... — Rosier terminou sua mala e enfim se sentou na cama olhando seus colegas terminando as suas. — Sentirei saudades. Hogwarts é muito aconchegante...

— As férias são rápidas... Logo vai voltar. — consolou-o Abraxas.

O loiro penteava seus fios na frente do espelho, tentando deixar o mais alinhado possível.

— Você poderia ao menos deixar uma vez seu cabelo natural? Ele sempre parece que foi lambido. — Rosier era o que mais implicava com a aparência de Malfoy, esse também falava suas considerações acerca do visual do amigo, que era quase oposto ao seu. — Não concorda Avery?

— Me deixa fora disso.

— Ora, ora, parece que ao menos um de vocês tem cérebro. — Abraxas disse irritado. — Rosier, se não quiser passar as férias inteiras comendo bananas, vá achar o que fazer. Estou louco para poder testar as azarações realmente.

— Vamos, parem de brigar. Isso é irritante. — Tom falou mal-humorado.

Não era de se esperar que ele estivesse de bom humor, afinal, quem gostaria de voltar ao inferno que era a vida do moreno antes de vir àquele lugar?

O expresso de Hogwarts levava os estudantes de volta à Londres, uma viagem bem longa que durava uma tarde inteira. Chegaram ao destino já quase anoitecendo, o que levou alguns a se perguntarem se esse trajeto não era mais indicado se fazer de manhã.

Durante as despedidas Tom evitou abraços e outros tipos de demonstrações de afeto. Não era por maldade, apenas não gostava. Em contrapartida, o que mais queria ver agora era um garotinho que lhe esperava no quarto número 27 do orfanato Wool.

Tomou um táxi, pagando com seu dinheiro trouxa que tinham convertido para si. Durante o percurso pôde ver algumas construções, que antes tinham lojas muito bonitas, com placas de vende-se ou de falência. Aquilo lhe deixou um pouco desnorteado, o mundo trouxa estava indo de mal a pior.

Ao chegar ao orfanato não ficou surpreso. De fato não escrevera uma carta para Harry lhe explicando o dia e o horário que chegaria, então era evidente que ninguém o esperava.

Adentrou os portões de ferro da frente e andou um considerável caminho até chegar de fato à porta. Esta que quando foi aberta fez um rangido alto.

Emilly, que estava na sala de estar principal jogando baralho com seus amigos, olhou para o moreno que entrava pela porta.

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