Aranhas, Corujas e Coelhos

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Em Janeiro todos viram o sorriso genuíno de Peverell. Era lindo. O pequeno grifo saía pelos corredores de Hogwarts encantando a todos com sua felicidade aparente.

Ele era o mais novo apanhador do time de Quadribol da grifinória. Tudo bem que esse ano ele apenas treinaria para ficar de reserva, mas estava muito feliz e orgulhoso.

Seus amigos comemoraram consigo da melhor maneira possível, fizeram uma festinha em sua comunal digna da palavra "diversão". Todos seus amigos foram convidados, e até mesmo seu grupo de amigos da Sonserina compareceram.

Os dias frios em Hogwarts foram ficando para trás dando lugar à primavera. As folhas e frutos foram começando a aparecer de novo, o tempo mudava e com isso também vinha os jogos de quadribol e as aulas de Herbologia voltavam a ser na estufa, graças a Merlim pois Harry já não aguentava ter que ficar trancado dentro de salas frias durante todo o inverno do castelo.

O restante do ano foi de muito proveito para Harry.

Naquele mesmo ano o clube de duelos voltou a acontecer, mas Riddle dessa vez não pôde participar, algo como "evitar confusões" segundo o diretor Dippet. Não que o moreno quisesse. Já havia demonstrado o que gostaria, e ninguém seria idiota o suficiente para lhe confrontar por hora.

Harry fazia falta em sua comunal, Bilius vivia dizendo ao pequeno que ele iria se encrencar qualquer dia desses se os professores mentores das casas soubessem que ele passava as noites no quarto de Riddle.

Mas era quase impossível convence-lo. Mais fácil uma porta de Hogwarts entender.

...

Estavam em semana de provas do fim do ano, era estressante para todos. Harry e Bilius estudavam juntos durante os intervalos das aulas em um pequeno jardim que havia no centro de Hogwarts. A fonte era aconchegante e tinha uma bela sombra de árvore ali. O clima estava agradável e o cheiro do final da primavera anunciava o verão, alguns mosquitos começavam a vagar por aí.

Harry estava tentando memorizar as etapas de uma poção quando ouviu risadas altas, quando olhou viu que Hagrid vinha correndo em sua direção.

— Hagrid?

— Harry!!! Harry!!! — Falou exasperado.

— O que foi? Calma...

— P-Preciso de ajuda... Há uns... homens ali perto da árvore da... — Falava tentando manter o fôlego — você sabe... da Aragogue.

Harry arregalou os olhos e virou-se para Bilius que não estava entendendo a conversa dos dois.

— Eu já volto.

— Querem ajuda? Alguém está em perigo?

— Não! — Hagrid disse rápido e ficou envergonhado do jeito bruto que falou. — Quero dizer... Não precisa, o Harry já está indo me ajudar... Não é nada com que se preocupar.

Logo fechou todos seus pertences na mochila e foi acompanhar o meio gigante rumo à árvore em que tinha a amiga aranha de Rubeo.

Ao chegarem perto viram os tais homens que Hagrid havia descrito. Eram três. Estavam conversando alto sobre derrubar algumas das árvores dali.

— O que faremos Harry? Se começarem a cortar, Aragogue vai ser descoberta...

— Oh... — Harry viu os homens se afastando um pouco para olhar o lago negro e logo uma ideia lhe veio a mente. — Vamos busca-la... Eu posso distrai-los e você pega a Aragogue.

Hagrid afirmou e começaram a descer a pequena colina em direção à árvore.

Harry foi correndo por ali e pensou em jogar algo neles, mas seria castigado depois. O que ele poderia fazer para chamar a atenção dos homens...?

Caminhos do destinoWhere stories live. Discover now